Ibovespa (IBOV) engata 7ª sessão seguida de alta com empurrão de estatais; BBAS3 salta
O Ibovespa (IBOV) conseguiu manter o patamar de 117 mil pontos nesta segunda-feira (12), após lutar contra o revés das ações ligadas a commodities.
Mesmo sem o suporte de Vale (VALE3), o índice de referência da Bolsa brasileira terminou o pregão com ganhos de 0,27%, a 117.336,34 pontos. Essa é a sétima sessão seguida de valorização.
A alta de 1,75% da Petrobras (PETR4) foi o que ajudou o Ibovespa a se manter no azul, além do forte avanço de 3,62% do Banco do Brasil (BBAS3). O movimento das estatais foi contrário ao de seus setores. A derrocada do petróleo jogou os papéis das petroleiras listadas para baixo, enquanto o setor bancário acompanha a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a cobrança de PIS e Cofins sobre a receita financeira — como juros, por exemplo — de instituições.
Braskem (BRKM5) foi outra ação que deu ânimo ao Ibovespa, após disparar 6,01% com a notícia de que a companhia recebeu proposta de compra da Unipar (UNIP6).
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Da ponta negativa, além da baixa das commodities, o setor do agronegócio teve um dia ruim, com SLC Agrícola (SLCE3) e São Martinho (SMTO3) caindo 2,74% e 2,25%, respectivamente.
Pedro Wilson Domingues, sócio da Nexgen Capital, explica que a queda da SLC no ano é explica por uma piora nos números da companhia devido aos preços das commodities.
“O mercado hoje está praticando preços muito próximos das médias históricas, e a expectativa é de que não tenhamos grandes variações”, diz.
“Comparado a 2022, que foi um ano fora da curva, de preços históricos, o mercado acaba precificando que os resultados da companhia tenderão a ser menores”, completa Domingues.
Além do preço das commodities, o especialista cita a queda do dólar nas últimas semanas. Isso impacta a SLC por ela ser uma empresa exportadora – ou seja, dolarizada.
Inflação brasileira
Saiu nesta segunda a nova edição do Boletim Focus. Economistas ouvidos pelo Banco Central revisaram para baixo as estimativas de inflação brasileira, após a divulgação de dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio.
As projeções de inflação desta semana passaram de 5,69% para 5,42% ao fim deste ano. Para os próximos anos, as expectativas também foram revisadas para baixo, com 2024, 2025 e 2026 passando a marcar 4,04%, 3,9% e 3,88%, respectivamente.