Mercados

Ibovespa sobe 1% antes do Copom; dólar fecha abaixo de R$ 6 pela primeira vez em dezembro

11 dez 2024, 18:15 - atualizado em 11 dez 2024, 18:19
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O Ibovespa estendeu os ganhos com os investidores acompanhando o quadro de saúde do presidente Lula e na expectativa pelo Copom (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) engatou a terceira consecutiva com expectativas sobre a última decisão sobre os juros em 2024. O quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também dividiu as atenções.

Nesta quarta-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira subiu 1,06%, aos 129.593,31 pontos. Durante a sessão, o índice chegou a superar os 130 mil pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,9557 (-1,53%) — abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde o início de dezembro. 

No cenário doméstico, os investidores seguiram acompanhando o quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — com as eleições de 2026 entrando no radar.

O chefe do Executivo passará por um novo procedimento para bloquear o fluxo de sangue em uma região do cérebro e impedir outros sangramentos no crânio nesta quinta-feira (12), segundo o boletim médico mais recente. Lula segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

O mercado também mercado seguiu em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o colegiado do Banco Central eleve a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, a 12,00% ao ano.

Altas e quedas da bolsa 

Na reta final do pregão, as ações da  Hapvida (HAPV3) saltaram mais de 9% e lideraram a ponta positiva do Ibovespa. Os papéis ganharam fôlego com projeções de reajuste para os planos de saúde — de cerca de 5,6% para o biênio 2025-2026, nas contas do BTG Pactual.

Totvs (TOTS3) também ficou entre os destaques positivos com a elevação de  recomendação de neutro para compra das ações da companhia. 

Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR4;PETR3) foi a ação mais negociada na bolsa brasileira e terminou a sessão com alta de mais de 1%.

Além do desempenho positivo do petróleo, a estatal avançou com a assinatura de um contrato com a fornecedora do setor de petróleo SLB para serviços integrados em todos os campos offshore operados pela petroleira estatal no país. O negócio foi de US$ 800 milhões.

Já na ponta negativa do Ibovespa, Vale (VALE3) operou entre as maiores baixas — e limitou os ganhos do principal índice da bolsa brasileira.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores reagiram novos dados de inflação.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano registrou alta de 0,3% na base mensal em novembro, acima do avanço de 0,2% do mês anterior, mas exatamente em linha com o esperado por economistas consultados pela Reuters. O ganho anual foi de 2,7%.

No caso do núcleo, a alta também foi de 0,3% no mês, como projetado por analistas, marcando um avanço de 3,3% na base anual.

Ainda que o CPI não seja a principal referência de inflação para Federal Reserve (Fed), o indicador calibra as expectativas para a reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece entre os dias 17 e 18 de dezembro.

Até agora, as apostas de corte de 25 pontos-base nos juros, para a faixa de 4,25% a 4,50%, são as majoritárias.

O índice Nasdaq também superou os 20 mil pontos pela primeira vez na história, com impulso das ações de tecnologia. Em destaque, os papéis da Alphabet, dona do Google, avançaram cerca de 5% pelo segundo dia consecutivo após a apresentação de um nova geração de chips que, segundo a empresa, ajudou a superar um desafio importante na computação quântica.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,82%, aos 6.084,19 pontos;
  • Dow Jones: -0,22%, aos 44.148,56 pontos;
  • Nasdaq: +1,77%, aos 20.034,89 pontos — no maior nível de fechamento da história. 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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