Mercados

Ibovespa (IBOV) sustenta alta de 1% nesta terça, apesar de tensões entre EUA e China

02 ago 2022, 17:11 - atualizado em 02 ago 2022, 17:44
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Ibovespa recebeu suporte de bancos e commodities nesta terça-feira (2) (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) contrariou o movimento dos mercados globais e fechou em alta sustentável de 1% nesta terça-feira (2).

Recebendo suporte de bancos e commodities, o índice de referência da B3 (B3SA3) apresentou uma valorização de 1,11% hoje, a 103.361,70 pontos.

Nos Estados Unidos, os mercados tiveram um dia ruim, com Nasdaq caindo 0,16%, enquanto S&P 500 e Dow Jones recuaram 0,67% e 1,23%, respectivamente.

Esta terça foi pautada pela escalada das tensões entre as duas maiores potências mundiais, com Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, chegando a Taiwan e iniciando uma visita a que Pequim tinha se mostrado contrária.

A China reivindica Taiwan como sua. No início da semana, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que qualquer visita de Pelosi abalaria as relações com os EUA e alertou que “o Exército de Libertação do Povo Chinês nunca ficará de braços cruzados”.

Pelosi está em uma viagem pela Ásia. A presidente da Câmara dos EUA anunciou que ainda visitará Cingapura, Malásia, Coreia do Sul e Japão.

O Ministério da Defesa da China comunicou que os militares chineses foram colocados em alerta máximo e lançarão “operações militares direcionadas” em resposta à visita de Pelosi.

O Comando de Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular chinês disse que realizará operações militares conjuntas perto de Taiwan a partir da noite de terça e testará o lançamento de mísseis convencionais no mar a leste de Taiwan.

O Ministério de Defesa de Taiwan se pronunciou dizendo que a China está tentando ameaçar portos e cidades ao anunciar exercícios militares ao redor da ilha nos próximos dias.

De acordo com a Reuters, o site do gabinete presidencial de Taiwan sofreu um ataque cibernético estrangeiro nesta terça.

Mercado à espera do Copom

No mercado local, investidores aguardam pelo anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Espera-se que as autoridades elevem a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, a 13,75%.

Segundo Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital, embora o problema da inflação não esteja resolvido, há uma sensação de melhora em relação à pressão inflacionária devido às decisões do governo em relação à diminuição do imposto de ICMS, diminuindo preços de gasolina e energia.

Labarthe destaca, no entanto, que se trata de um “alívio temporário”.

O dólar saltou quase 2% nesta terça, fechando em R$ 5,2771. A alta do dia é a maior em três semanas e vem acompanhada de preocupações com juros mais altos e ruídos geopolíticos.

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