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Ibovespa (IBOV) quebra sequência de quedas e termina pregão no azul com ajuda de commodities

27 abr 2022, 17:02 - atualizado em 27 abr 2022, 19:27
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Empresas ligadas a commodities metálicas ditaram o tom do Ibovespa nesta quarta-feira (27) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de quedas dos últimos sete pregões e fechou esta quarta-feira (27) em alta.

O principal índice da Bolsa brasileira teve um dia de recuperação, seguindo o bom humor dos mercados globais, e encerrou com valorização de 1,05%, a 109.349,37 pontos (dados preliminares).

As empresas ligadas a minério de ferro e aço foram o destaque positivo da sessão, reflexo do avanço das commodities metálicas no dia.

A WEG (WEGE3) também apresentou performance positiva, tendo fechado em alta de mais de 5%. A companhia divulgou logo pela manhã seus resultados trimestrais, reportando lucro acima do esperado.

Confira as notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Resultados da WEG

A WEG publicou nesta quarta, antes da abertura do mercado, o relatório de resultados referentes ao primeiro trimestre do ano.

A companhia apresentou lucro líquido de R$ 943,9 milhões no período, o que representa uma alta de 23,5% em relação ao mesmo intervalo de 2021.

A linha superou as estimativas do mercado, que esperava ganhos na ordem de R$ 894 milhões, seguindo projeções reunidas pela Bloomberg.

A receita operacional líquida subiu 34,5%, para R$ 6,82 bilhões.

De acordo com o WEG, o crescimento nas principais linhas  confirma o “bom desempenho de vendas”. Segundo a empresa, a crescente busca por fontes de energia renováveis e a boa demanda industrial permitiram que a receita crescesse no período.

A WEG apresentou crescimento de 21,3% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), com o montante totalizando R$ 1,23 milhão. A margem Ebitda, por outro lado, caiu 1,9 ponto percentual, a 18,1%.

IPCA-15

Também pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de abril do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), a prévia da inflação brasileira.

No mês, o indicador apresentou um crescimento de 1,73%, ante alta de 0,95% de março, puxado pelos preços dos combustíveis.

Esse foi o maior avanço do IPCA-15 para o mês de abril em quase 30 anos.

Apesar da alta, o IPCA-15 veio abaixo das projeções do mercado. Uma pesquisa da Reuters apontava crescimento de 1,85%.

No acumulado em 12 meses, o indicador avançou 12,03%, de 10,79% em março e contra estimativas de 12,16%.

A inflação está bem acima da meta oficial para o ano, de 3,5%. Em abril, os custos de transportes subiram 3,43%, de 0,68% em março. A disparada de 7,51% nos preços da gasolina foi o principal fator para o avanço.

Os preços do diesel, etanol e gás veicular também apresentaram crescimento no mês, subindo 13,11%, 6,6% e 2,28%, respectivamente.

Nesta quarta, o Credit Suisse soltou um relatório com novas estimativas para a inflação brasileira. O banco suíço passou a projetar avanço de 8,3% em 2022 e 4,6% em 2023, dada a escalada dos preços e perspectivas de um ambiente internacional mais desafiador.

O mercado se prepara para a próxima semana, quando ocorrerá a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Ocorre em conjunto a reunião das autoridades monetárias do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.

Confira os destaques hoje

VALE ON (VALE3) ganhou 5,4%, após sete baixas seguidas, antes de divulgar balanço financeiro e após o minério de ferro avançar mais de 2% na China, em meio a preocupações alimentadas pelo surto de Covid-19 no país. O relatório operacional da mineradora divulgado na semana passada apontou queda nas vendas e na produção de minério de ferro no primeiro trimestre ante um ano antes, diante do efeitos de chuvas e atraso de licenças. Entre as siderúrgicas, GERDAU PN (GGBR4) disparou 6% e CSN ON (CSNA3), 4,6%.

WEG ON (WEGE3) subiu 5,5%, após lucro líquido da fabricante de motores aumentar 23,5% no primeiro trimestre na comparação anual, em meio à elevação de margens de lucro e menores efeitos relacionados à crise na cadeia de suprimentos. Para o Citi, o resultado veio forte e com crescimento de alta qualidade na receita operacional líquida.

HAPVIDA ON (HAPV3) cedeu 5,8%, quarto recuo em cinco sessões. A Ativa Investimentos atribuiu o movimento à piora nas expectativas para o resultado do primeiro trimestre, puxada pelo aumento dos indicadores de desemprego, dado o impacto nos planos empresariais de saúde. Nos últimos dias, bancos publicaram prévias dos resultados da companhia, a serem divulgados dia 16 de maio. Analistas do Itaú BBA esperam números refletindo um ambiente desafiador para o saldo de captação de vidas.

PETROBRAS PN (PETR4) fechou estável. A estatal divulga relatório de produção e vendas do primeiro trimestre nesta noite. Os números financeiros serão publicados em 5 de maio. 3R PETROLEUM ON (RRRP3) perdeu 1,7% e PETRORIO ON (PRIO3) cresceu 1,1%. Petróleo Brent subiu timidamente.

VIA ON (VIIA3) aumentou 1,3%, AMERICANAS ON (AMER3) caiu 0,1% e MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) perdeu 1,5%, após empresas mostrarem alta forte na abertura.

MARFRIG ON (MRFG3) valorizou-se 4,8%, JBS ON (JBSS3) apontou acréscimo de 3,8%, BRF ON (BRFS3) expandiu 3,7% e MINERVA ON (BEEF3) subiu 2,1%.

AZUL PN (AZUL4) diminuiu 3,2% e GOL PN (GOLL4) reduziu 2,1%.

DEXCO ON (DXCO3) fechou 1,3% no positivo, antes de divulgar balanço trimestral.

NEOENERGIA ON (NEOE3) saltou 6%, maior alta desde maio de 2020, após registrar aumento de 20% no lucro líquido do primeiro trimestre ante um ano antes. Empresa vê interessados em sua fatia na concessionária de Belo Monte, segundo seu presidente-executivo.

Com Reuters

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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