Ibovespa (IBOV) interrompe sequência de baixas e fecha em alta de 0,73% após Fed e à espera do Copom
O Ibovespa (IBOV) quebrou a sequência de baixas dos últimos oito pregões nesta quarta-feira (15) de divulgação de decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos.
O principal índice da Bolsa brasileira encerrou com valorização de 0,73%, a 102.806,82 pontos.
O mercado ganhou impulso após o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, elevar em 0,75 ponto percentual os juros, que passaram para a faixa de 1,5-1,75%.
Apesar da postura mais agressiva, o aumento em 75 pontos-base já era esperado por parte do mercado após a divulgação de dados de inflação acima do esperado nos EUA.
Em Wall Street, as Bolsas aceleraram a trajetória de ganhos e fecharam a sessão em campo positivo, com destaque para a disparada de mais de 2% do Nasdaq.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) divulga hoje a decisão sobre a Selic.
Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje
FOMC
Autoridades monetárias do banco central dos EUA elevaram a taxa de juros do país em 0,75 ponto percentual, a 1,5-1,75%.
O aperto monetário – o maior desde 1994 – coloca a taxa de juros ao nível mais alto desde março de 2020.
O Fed voltou a dizer que reduzirá seu balanço patrimonial em US$ 47,5 bilhões por mês, aumentando o ritmo mensal para US$ 95 bilhões em setembro.
Além disso, eles aumentaram as projeções para a meta dos juros nos próximos anos por conta da inflação mais apertada.
A mediana da expectativa para a taxa básica de juros subiu para 3,4% até o fim de 2022 (contra 1,9% projetado em março).
Para 2023, a meta foi revisada para 3,8%, de 2,8% em março. A taxa estimada para o fim de 2024 é de 3,4%.
O Fed também revisou as estimativas para a inflação, que deve terminar o ano em 5,2%, acima da previsão de 4,3% em março.
Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) divulga logo mais o resultado da reunião de dois dias para decidir o rumo dos juros no Brasil.
O consenso do mercado é de que o BC comunique uma elevação de 0,5 ponto percentual, aumentando a Selic a 13,25% ao ano.
Reestruturação da Natura
A Natura (NTCO3) foi um dos destaques positivos do Ibovespa nesta quarta. Os papéis da empresa de cosméticos dispararam quase 8% após anúncio de reestruturação.
Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander Brasil (SANB11) e do Grupo Abril, assume o comando da companhia. Ele substituirá Roberto Marques, que se aposentará no fim do ano.
De acordo com a Natura, a reorganização visa elevar a agilidade das unidades de negócios da empresa.
A Natura disse que a transição para uma estrutura mais simples tem como objetivo “aumentar a responsabilidade de suas empresas e marcas”.
Vale lembrar que a Natura reportou no primeiro trimestre do ano um prejuízo líquido acima do esperado. As perdas dispararam de R$ 155,2 milhões no início de 2021 para R$ 643,1 milhões por conta da pressão das despesas financeiras e pelo recuo do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
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