Ibovespa (IBOV) acelera nos últimos minutos do pregão; PEC da Transição mais enxuta passa na CCJ

Em dia de votação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o Ibovespa (IBOV) andou de lado durante a maior parte do tempo, mas acelerou nos últimos minutos do pregão.

Nesta terça-feira (6), após tombo de mais de 2% ontem, o índice de referência da Bolsa brasileira avançou 0,72%, a 110.188,57 pontos.

Em Brasília, o relator da PEC da Transição, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentou parecer à CCJ propondo expandir o teto de gastos em R$ 175 bilhões em 2023 e 2024, em vez de excetuar os gastos sociais da regra fiscal.

Além dos R$ 175 bilhões, o texto levantava a abertura de aproximadamente R$ 23 bilhões nas contas do ano que vem ao excetuar investimentos do limite do teto com base em uma parcela de excesso de arrecadação do governo.

Encerrada há pouco a reunião, a comissão do Senado aprovou a PEC da Transição com a proposta de aumentar o limite do teto de gastos em R$ 145 bilhões pelo prazo de dois anos. Os R$ 23 bilhões excedentes foram mantidos.

Também foi estabelecido que o governo eleito deverá encaminhar ao Congresso uma nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos até meados de 2023. O texto de Silveira estipulava até o fim do ano que vem.

Aprovada na CCJ, a PEC passará por análise no plenário do Senado.

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Nesta quarta, o Banco Central anunciará a decisão sobre o destino da taxa de juros no Brasil. O foco deve ficar nos sinais do Copom para os próximos movimentos, uma vez que a aposta consensual é de estabilidade da taxa de juros em 13,75%.

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) terminaram o dia em queda. O recuo foi menor que o de PRIO (PRIO3), que perdeu 3,83%, e de 3R Petroleum (RRRP3), de 3,55%. O setor acompanhou a derrocada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Vale (VALE3) avançou em meio às expectativas de reabertura econômica na China. A ação subiu 1,45% e deu suporte ao Ibovespa.

Segundo Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital, o mercado acompanha de perto as flexibilizações da política de Covid Zero no país asiático, à espera de que a reabertura ajude a impulsionar ainda mais o apetite pela ação. Ainda assim, Labarthe não vê um relaxamento muito significativo no curto prazo, uma vez que os casos de coronavírus na região continuam altos.

“Ainda assim, a esperada implementação de medidas de flexibilização ao longo de 2023 deve elevar os níveis de confiança e as perspectivas para a demanda por commodities”, completa.

Com informações da Reuters.