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Após tombo, Ibovespa (IBOV) tem dia de valorização, mas termina semana no negativo

15 jul 2022, 17:09 - atualizado em 15 jul 2022, 18:26
Ibovespa
Ibovespa seguiu valorização em Wall Street e teve um dia de recuperação nesta sexta-feira (15) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) teve um dia de recuperação nesta sexta-feira (15), após fechar ontem com uma forte desvalorização de 1,8%.

O índice de referência da B3 (B3SA3) encerrou hoje com ganhos de 0,45%, a 96.551 pontos. Apesar da sessão positiva, o Ibovespa terminou a semana acumulando uma queda de 3,73%.

No pior momento do pregão desta sexta, o Ibovespa chegou a 95.266,94 pontos, renovando mínima desde novembro de 2020.

O pregão de hoje começou pressionado por dados de crescimento ruins na China. A virada veio acompanhada da melhora do humor nos mercados norte-americanos, com investidores recebendo bem os números do varejo dos Estados Unidos referentes a junho, mas ainda atentos aos resultados fracos divulgados por mais dois bancos, Wells Fargo e Citigroup.

No cenário doméstico, a PEC dos Benefícios, ou PEC Kamikaze, foi promulgada ontem. O presidente da República, Jair Bolsonaro, ao participar da solenidade de promulgação da proposta, elogiou o Congresso e agradeceu pelo apoio na criação dos benefícios sociais.

Na solenidade, Bolsonaro voltou a destacar que a redução do ICMS incidente sobre os combustíveis pode resultar em deflação.

O destaque de alta do Ibovespa foi Gerdau (GGBR4), que disparou 5,94%, a R$ 23,54, nesta sexta. A holding que controla a siderúrgica, Metalúrgica Gerdau (GOAU4), também registrou forte alta de quase 5%.

BB Seguridade (BBSE3) cravou uma alta de 4,21%, a R$ 27,50, após o JPMorgan elevar a recomendação das ações para “overweight”.

Os varejistas Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) estiveram entre os destaques de baixa, caindo mais de 4% e 3%, respectivamente. Hapvida (HAPV3) liderou as quedas do dia após fechar com desvalorização 5,22%, a R$ 5,81.

Cassiano Konig, sócio da GT Capital Investimentos, afirma que o mercado passará a olhar mais de perto a margem da empresas e a queima de caixa, indicadores de desaceleração do lucro das companhias.

No Brasil, Konig acredita que os setores de varejo, construção civil e bens de capital terão resultados mais fracos por conta do aumento de juros dos últimos meses, além da inflação ainda elevada e do dólar mais alto.

“A partir de agosto, veremos o varejo melhorar os seus números”, completa.

Dan Kawa, gestor da TAG Investimentos, diz que o Ibovespa, o dólar e as taxas de juros no Brasil estão com prêmio de risco atrativo, mas avalia que ainda não é o momento de ser “herói”.

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Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

produto interno bruto (PIB) da China cresceu apenas 0,4% no 2º trimestre, abaixo da projeção de 0,9% do mercado.

Nos EUA, as vendas do varejo superaram as expectativas após crescerem 1% em junho ante o mês anterior, totalizando US$ 680,6 bilhões. Por outro lado, a produção industrial norte-americana mostrou sinais de arrefecimento ao cair 0,2% no mês passado em relação a maio.

Wells Fargo reportou queda de 48% no lucro do segundo trimestre, diante de maiores provisões para potenciais perdas com calotes e de uma pressão da alta dos juros no negócio de financiamento imobiliário.

O Citigroup também viu seu lucro encolher no trimestre, para US$ 4,5 bilhões, mas superou as expectativas do mercado.

No Brasil, a PEC que amplia em R$ 200 o Auxílio Emergencial, para R$ 600, e dobra o valor do vale-gás foi promulgada.

A proposta contempla ainda um benefício a taxistas e um aumento de R$ 500 milhões na verba do programa Alimenta Brasil, de compra de alimentos de pequenos produtores e povos indígenas pelos órgãos públicos, além de uma ajuda de custeio para o transporte coletivo urbano, com aportes previstos de até R$ 2,5 bilhões, e auxílio a estados e municípios que outorgarem créditos tributários do ICMS a produtores ou distribuidores de etanol hidratado em seu território.

Destaques da Bolsa hoje

GERDAU PN (GGBR4) subiu 5,94%, revertendo a perda acumulada na semana até a véspera, com o setor siderúrgico como um todo na ponta positiva. USIMINAS PNA (USIM5) avançou 4,1% e CSN ON (CSNA3) fechou em alta de 2,9%.

VALE ON (VALE3) encerrou com acréscimo de 0,62%, acompanhando a melhora nos mercados, apesar de nova queda nos preços do minério de ferro. Na semana, a ação da mineradora acumulou um declínio de 9,32%, maior queda semanal desde abril.

BB SEGURIDADE ON (BBSE3) subiu 4,21%, ainda sob efeito de perspectivas favoráveis para os resultados do segundo trimestre. Analistas do JPMorgan elevaram a recomendação dos papéis para “overweight”.

HAPVIDA ON (HAPV3) caiu 5,22%, com o setor de saúde no lado negativo após aprovação pelo Congresso Nacional da criação de piso salarial para enfermagem. QUALICORP ON (QUAL3) perdeu 3,50% e REDE D’OR ON (RDOR3) recuou 2,94%.

BRF ON (BRFS3) caiu 4,43%, com realização de lucros após subir 4,9% nos últimos três pregões, o que ampliou a alta no mês para 19,6% até a véspera. No ano, o papel ainda acumula uma perda de 31%.

PETROBRAS PN (PETR4) encerrou com elevação de 1,71%, acompanhando a melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou em alta de 2%.

ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) avançou 1,81% e BRADESCO PN (BBDC4) subiu 0,61%, reforçando a melhora do Ibovespa.

XP INC (XP) subiu 3,06% em Nova York, após divulgar que fechou o segundo trimestre com um total de R$ 846 bilhões em ativos sob custódia, 4% acima de um ano antes, com captação líquida de R$ 174 bilhões.

MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) perdeu 4,47%, em nova sessão de fraqueza entre varejistas, com VIA ON (VIIA3) recuando 3,23% e AMERICANAS ON (AMER3) cedendo 2,16%.

Com Reuters

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.