Mercados

Ibovespa sustenta os 130 mil pontos com Itaú (ITUB4) e fiscal; dólar cai a R$ 5,74 de olho nas eleições dos EUA

05 nov 2024, 18:12 - atualizado em 05 nov 2024, 18:18
Ibovespa, BDRs, BTG Pactual
O Ibovespa sustentou aos 130 mil pontos com expectativa de que o pacote fiscal seja anunciado ainda nesta semana (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

O Ibovespa (IBOV) avançou com expectativas de que o pacote de medidas fiscais seja anunciado ainda nesta semana, enquanto os investidores seguiram atentos às votações para a presidência dos Estados Unidos.

Nesta terça-feira (5), o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,11%, aos 130.660,75 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,7484 (-0,60%). 

No cenário doméstico, o mercado monitorou as discussões sobre as medidas fiscais em Brasília.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa se reuniu com ministros e autoridades, dando continuidade às tratativas sobre corte de gastos, informou o Palácio do Planalto.

A reunião, prevista inicialmente para 16h, foi antecipada para o início da tarde, com as participações, além de Costa, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; Previdência Social, Carlos Lupi; Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e Gestão e Inovação, Esther Dweck.

Ainda hoje deve acontecer um encontro da Junta da Execução Orçamentária — com Fazenda, Casa Civil, Planejamento e Gestão. Os ministros da Educação, Camilo Santana; da Saúde, Nísia Trindade; e do Trabalho, Luiz Marinho também devem estar presentes.

Ontem (4), Haddad afirmou que o plano de medidas sobre os gastos públicos deve ser anunciado nos próximos dias.

Hoje também foi o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A decisão deve ser divulgada amanhã (6) depois do fechamento do mercado. O consenso é de alta de 50 pontos-base na Selic, a 11,25% ao ano.

Altas e quedas do Ibovespa 

Entre os ativos negociados no Ibovespa, RD Saúde (RADL3), antiga Raia Drogasil, ganhou fôlego na reta final do pregão. As ações subiram mais de 4% durante a sessão e lideraram a ponta positiva do índice com expectativas sobre os resultados do terceiro trimestre — que serão divulgados ainda hoje após o fechamento do mercado.

O destaque do dia, porém, foi Itaú (ITUB4). O banco registrou lucro recorrente gerencial de R$ 10,7 bilhões entre julho e setembro, alta de 18% ante o mesmo período do ano passado.

Segundo dados da consultoria, o Itaú teve maior lucro trimestral da história dos bancos de capital aberto do Brasil. 

A XP Investimentos classificou os números como “impressionante”, enquanto o BTG Pactual afirmou que mesmo depois de entregar um 2023 muito sólido, criando “bases de comparações difíceis” para os resultados deste ano, o banco conseguiu aumentar o EBT (lucro antes dos impostos) em 21%.

Na ponta negativa do Ibovespa, TIM (TIMS3) figurou entre as maiores quedas também em reação ao balanço. A empresa de telefonia reportou o lucro líquido normalizado de R$ 805 milhões entre julho e setembro, crescimento de 11,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e acima das projeções do mercado.

Os analistas, porém, destacaram a desaceleração da receita móvel na base trimestral. 

Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Vale (VALE3) destoou do desempenho positivo do minério de ferro e fechou em queda. A commodity encerrou as negociações em Dalian, na China, com alta de 2,53%, a US$ 111,41 a tonelada hoje.

Contudo, os papéis da mineradora foram pressionados por uma possível vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos — já que o republicano defende medidas protecionistas, que devem afetar os países emergentes e, principalmente, as commodities.

Petrobras (PETR4;PETR3) também ignorou o avanço do petróleo no mercado internacional, de olho nas eleições na maior economia do mundo.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham as eleições à Casa Branca. As votações aconteceram nesta terça-feira (5) e com a disputa acirrada entre os candidatos, a expectativa é que a apuração dos votos demore dias.

No radar, os investidores também fizeram ajustes com a proximidade da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, que acontece nos dias 6 e 7 de novembro.

O consenso é de corte de 25 pontos-base, o que levaria os juros norte-americano a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano. A decisão será divulgada na quinta-feira (7), acompanhada da coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,23%, aos 5.782,86 pontos; 
  • Dow Jones: +1,02%, aos 42.221,88 pontos;
  • Nasdaq: +1,43%, aos 18.439,17 pontos.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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