Ibovespa (IBOV) encerra pregão volátil em alta, com mercado à espera do Copom
Após um pregão operando entre perdas e ganhos, o Ibovespa (IBOV) terminou em alta nesta quarta-feira (3), refletindo o bom desempenho das Bolsas americanas e com o Copom no radar.
O índice de referência da B3 (B3SA3) registrou valorização de 0,4%, a 103.774,68 pontos.
Wall Street teve um dia positivo, com os principais índices se recuperando da baixa de ontem. Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones encerraram em altas de 2,59%, 1,56% e 1,29%, respectivamente.
Os mercados ainda estão de olho nas implicações da visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, à Taiwan.
O evento elevou as tensões entre os EUA e a China, que considera a ilha como parte de seu território e se mostrou contrária à visita de Pelosi.
No início da semana, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que qualquer visita de Pelosi abalaria as relações com os EUA e alertou que “o Exército de Libertação do Povo Chinês nunca ficará de braços cruzados”.
Ontem, o Ministério da Defesa da China comunicou que militares chineses foram colocados em alerta máximo e lançarão “operações militares direcionadas” em resposta à visita de Pelosi.
Nesta quarta, Pelosi afirmou que o governo chinês não pode impedir que líderes mundiais viajem para Taiwan.
“Embora possam impedir Taiwan de enviar seus líderes a fóruns globais, não podem impedir que líderes mundiais, ou qualquer pessoa, viajem a Taiwan para homenagear sua florescente democracia, destacar seus muitos sucessos e reafirmar nosso compromisso com a colaboração contínua”, disse Pelosi, em comunicado.
O porta-voz do gabinete de Taiwan, Lo Ping-cheng, acredita que Taiwan será alvo nos próximos dias do aumento da “guerra psicológica”, com liberação de campanhas de influência por parte do governo chinês para influenciar a opinião pública.
Selic a 13,75%
No Brasil, investidores aguardam o anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O BC comunicará daqui a pouco o destino da taxa básica de juros do Brasil, a Selic.
O mercado espera que seja anunciado um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa, subindo de 13,25% para 13,75%. Sinalizações de que o fim do ciclo de aperto monetário no país está próximo também são aguardadas.
Para o Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o ciclo de altas se encerra hoje e a Selic manterá o patamar dos 13,75% até o fim de 2022.
Já para o Goldman Sachs, o BC deve promover, pelo menos, mais uma alta na taxa de juros no mês que vem.
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