Ibovespa hoje: Eleições no Brasil e emprego nos EUA trazem volatilidade
O Ibovespa cumpriu à risca ontem a previsão de volatilidade nos negócios, influenciado pela mudança de humor dos mercados globais, em meio à expectativa pelo payroll amanhã. A agenda vazia do dia é um ingrediente adicional para o vaivém dos ativos hoje. E essa troca de momentos de euforia e de desânimo também é vista por aqui.
Os investidores mantêm o radar nas eleições 2022. A expectativa de uma disputa acirrada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) concentra as atenções nos mínimos detalhes. Desde a costura de alianças até os atos de campanha, o placar tende a ser definido por questões tênues.
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O problema é que falta um balizador para medir o desempenho dos dois candidatos neste segundo turno. Afinal, após o vexame das pesquisas eleitorais no primeiro turno, o mercado doméstico deve dar de ombros aos números do Ipec (ex-Ibope) divulgados ontem. Aliás, a vitória agridoce de Lula no primeiro turno serve de munição ao rival na retórica de fraude eleitoral.
Segundo o levantamento, o petista aparece com 51% da intenção de votos, enquanto o candidato à reeleição ficou com 43%. Portanto, considerando-se a margem de erro, de 2 pontos percentuais, o cenário apresentado praticamente repete o resultado efetivo do primeiro turno, quando Lula teve 48,4% e Bolsonaro, 43%.
Porém, há quem diga que o Ipec mostra que os eleitores de Simone Tebet (MDB) e de Ciro Gomes (PDT) já migraram para Lula. Somados, os candidatos derrotados conquistaram 8,5 milhões de votos, o que pode definir a segunda rodada do pleito, caso os eleitores que compareceram às urnas no último domingo (2) repitam a ação no próximo dia 30.
Emprego trava o Fed
Lá fora, os sinais de resiliência do mercado de trabalho nos Estados Unidos aos juros altos sugerem que o Federal Reserve pode manter a postura agressiva, sem castigar a economia. Ainda que os mercados estejam assombrados pelos riscos de recessão, não há qualquer indício capaz de sustentar esse temor.
Por outro lado, a inflação elevada persiste, sinalizando que o aumento nos Fed Funds desde março ainda não conseguiu interromper a trajetória de alta dos preços. O problema é que, enquanto não houver fraqueza na criação de vagas e na atividade econômica, não haverá espaço para alívio do Fed no ritmo de aperto monetário.
Ou seja, dados sólidos nos EUA são um revés na narrativa de recessão e dão mais espaço para a continuidade da alta da taxa de juros nos próximos meses. Diante disso, os mercados redobram a cautela, com uma dose extra de volatilidade.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:
EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,60%; o do S&P 500 recuava 0,71%; enquanto o Nasdaq tinha queda de 0,72%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 perdia 0,30%; a bolsa de Frankfurt caía 0,32%; a de Paris tinha baixa de 0,52% e a de Londres recuava 0,46%
Câmbio: o DXY tinha alta de 0,28%, a 111.39 pontos; o euro oscilava com -0,02%, a US$ 0,9882; a libra tinha queda de 0,65%, a US$ 1,1253; o dólar oscilava com +0,04% ante o iene, a 144,75 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,770%, de 3,757% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,179%, de 4,138% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro subia 0,13%, a US$ 1.723,10 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 0,48%, a US$ 87,36 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,37%, a US$ 93,01 o barril.
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