Mercados

Ibovespa hoje: Commodities em alta, bolsas com quadro misto antes do Fed e em dia de IPCA-15

26 jul 2022, 8:27 - atualizado em 26 jul 2022, 8:27
Ibovespa
Commodities sobem e podem ampliar recuperação do Ibovespa, mas queda em NY após alerta do Wal-Mart e antes da decisão do Fed podem atrapalhar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa deve abrir o pregão desta terça-feira (26) dividido entre o sinal positivo vindo das commodities e o desempenho negativo vindo dos índices futuros das bolsas de Nova York.  A revisão em baixa das projeções (guidance) do Wal-Mart para o ano, citando um cenário desafiador em meio à alta da inflação nos Estados Unidos, pesa em Wall Street.

Com isso, a temporada de balanços americana adiciona componentes à narrativa de recessão, o que mantém a expectativa pelos resultados previstos para hoje. Coca-Cola, General Motors e Mc Donald’s saem antes da abertura, enquanto as gigantes de tecnologia Alphabet e Microsoft divulgam seus números após o fechamento.

De um modo geral, os investidores adotam o modo de “esperar para ver” a decisão do Federal Reserve, amanhã, quando deve anunciar uma nova alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros dos EUA para 2,25%-2,50%.

Como não haverá atualização das projeções econômicas, a expectativa recai na entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, que pode lançar luz sobre os próximos passos para além da reunião deste mês. Vale lembrar que após a leitura mais forte que o esperado do índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI), o mercado alimentou apostas de aumento de 1 pp na taxa de juros dos EUA.

IPCA-15 sai hoje

No Brasil, a prévia de julho da inflação oficial ao consumidor (IPCA-15), às 9h, deve mostrar queda, em uma forte desaceleração em relação à leitura de junho, refletindo a baixa nos preços de combustíveis e o impacto da desoneração do ICMS – portanto, fatores artificiais, já que os preços de alimentos devem seguir pressionados.

Ontem, a melhora nos preços das commodities ajudou no movimento de correção da alta recente do dólar e na devolução de boa parte dos prêmios embutidos nos juros futuros, abrindo espaço para a recuperação também do Ibovespa. Porém, não há mudanças relevantes em termos de fundamentos, o que dificulta qualquer tentativa de melhora mais sustentada dos ativos locais. Ainda mais diante das incertezas fiscais e dos riscos eleitorais, além das dúvidas quanto ao fim do ciclo de alta da Selic em agosto.

Crise energética na Europa

Falando em risco, cresce a possibilidade de um corte no fornecimento de gás russo através do oleoduto Nord Stream I, após a Gazprom reduzir o fluxo para cerca de 20% citando “questões técnicas”. Tal cenário deixou de ser apenas um “cisne negro” e transformou-se em uma ameaça tangível na Europa. A União Europeia (UE) realiza hoje uma reunião de emergência para deliberar sobre os planos de reduzir o consumo de gás russo em 15%.

Assim como o Wal-Mart cita uma “destruição da demanda” por causa da alta dos preços, espera-se uma redução do consumo de energia, em meio à falta de oferta. Nesse estado de desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado, há um acúmulo de sinais de desaceleração econômica, com implicações ao crescimento global, em um ambiente de inflação ainda elevada.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros às 8h20 (de Brasília):

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,41%; o do Nasdaq recuava 0,45%; e o do S&P 500 tinha queda de 0,37%.

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 oscilava em baixa de 0,01%; a bolsa de Frankfurt caía 0,86%; a de Londres tinha alta de 0,56% e a de Paris cedia 0,50%.

Câmbio: o DXY subia 0,55%, a 107,05 pontos; o euro caía 0,80%, valendo US$ 1,0138; a libra cedia 0,51%, cotada a US$ 1,1983.

Commodities: o futuro do petróleo WTI crescia 1,71%, a US$ 98,39 o barril, na Nymex.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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