Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Bolsa e dólar esperam sem estresse por Jackson Hole

25 ago 2022, 8:06 - atualizado em 25 ago 2022, 8:06
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa vem se blindando da volatilidade externa, em meio à espera pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, mas eleição traz cautela (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa andou de lado ontem, enquanto o dólar subiu pouco, com os mercados locais blindando-se da tensão no exterior enquanto os investidores esperam por Jackson Hole. O importante evento começa hoje, mas o destaque é amanhã, quando discursa o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

De um modo geral, o mercado busca por pistas sobre o tamanho da alta na taxa de juros dos Estados Unidos em setembro. A aposta de aumento de 0,75 ponto percentual (pp) no mês que vem voltou a ser majoritária, com 56,5% de chance, em meio ao tom mais agressivo (“hawkish”) de alguns membros do Fed.

Porém, Powell pode se esquivar em sinalizar qual será a decisão, condicionando a dose do aperto aos indicadores econômicos. Com isso, merece atenção hoje a segunda leitura dos números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no trimestre passado. A estimativa anterior apontou queda de 0,9%, na taxa anualizada, mantendo no radar os riscos de recessão.

O resultado efetivo será conhecido às 9h30, juntamente com os pedidos semanais de auxílio-desemprego. Enquanto aguardam, os índices futuros das bolsas de Nova York avançam, ao passo que o petróleo vacila. Ainda assim, o barril do tipo Brent sustenta-se acima de US$ 100 enquanto aguarda um acordo sobre o Irã.

Nos demais mercados, as praças europeias titubeiam, enquanto na Ásia o destaque ficou com o salto de mais de 3,5% em Hong Kong. O minério de ferro cotado em Dalian (China) teve nova alta. Os ativos chineses reagiram a mais um pacote de estímulo fiscal anunciado por Pequim, com foco em gastos com infraestrutura.

Inflação e eleição – parte II

Por aqui, a queda artificial do IPCA-15 em agosto esvaziou as apostas sobre um início antecipado de cortes na taxa básica de juros (Selic) em 2023. A deflação em agosto deve ser confirmada no índice oficial de preços ao consumidor (IPCA) deste mês, mas o fenômeno tende a ser temporário.

Afinal, foi o tombo de mais de 15% nos preços dos combustíveis que contribuiu decisivamente com a deflação do IPCA-15 de agosto. Já os alimentos seguiram pressionados, assim como a inflação de serviços. Ou seja, se não fossem as medidas do governo para baixar os preços da gasolina e também da conta de luz, não haveria deflação.

Diante dessa percepção, tem sido mais difícil para o Ibovespa reconquistar a marca dos 115 mil pontos – e ir além dela. Da mesma forma, o dólar não ter conseguido se consolidar abaixo de R$ 5,10. Ainda que a bolsa e o câmbio vêm conseguindo driblar a volatilidade externa, o fator eleição deixa os ativos locais mais vulneráveis.

Aliás, hoje à noite é a vez do ex-presidente Lula comparecer à bancada do Jornal Nacional. Assim como foi com o presidente Jair Bolsonaro, o desafio do petista será falar com os eleitores indecisos. Essa parcela representa cerca de um terço do eleitorado, com os outros dois terços divididos entre os convertidos dos principais candidatos na disputa.

Porém, o risco do líder nas pesquisas é grande. E, a depender do desempenho de Lula, pode haver perda nas intenções de votos. Por outro lado, as chances de consolidar a vitória no primeiro turno também não podem ser descartadas. Além disso, os candidatos também se preparam para o primeiro debate dos presidenciáveis na Band, no domingo (28). Fique atento, investidor!

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h55:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha alta de 0,25%; o do S&P 500 subia 0,51%; e o do Nasdaq avançava 0,69%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve alta de 0,09%; a bolsa de Frankfurt ganhava 0,12%; a de Londres oscilava com +0,07%, enquanto a de Paris caía 0,12%.

Câmbio: o DXY recuava 0,26%, a 108.39 pontos; o euro subia 0,15%, a US$ 0,9982; a libra tinha alta de 0,29%, a US$ 1,1829; o dólar cedia 0,48% ante o iene, a 136,48 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos caía a 3,083%, de 3,109% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,376%, de 3,392% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,84%, a US$ 1.776,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,15%, a US$ 94,78 o barril; o do petróleo Brent avançava 0,06%, a US$ 101,30 o barril; o minério de ferro para janeiro teve alta de 0,92% em Dalian (China), a 713,50 yuans.

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