Ibovespa hoje: Balanços e eleições continuam ditando rumo dos mercados
O Ibovespa inicia a primeira semana cheia de novembro novamente com as atenções divididas entre as eleições e a temporada de resultados. A safra de balanços do setor financeiro rouba a cena por aqui, a começar com BB Seguridade, ao mesmo tempo em que outro pleito entra no radar – desta vez, nos Estados Unidos.
Enquanto ainda há muita indefinição e especulação sobre o que será da agenda econômica do novo governo Lula, o foco dos investidores se volta para as eleições de meio de mandato (midterm elections), que tendem a reconfigurar o Congresso norte-americano. E uma Washington dividida pode ser um sinal positivo para os mercados
A esperada vitória dos republicanos na Câmara dos Representantes e a possível conquista do Senado tendem a trazer dificuldades na governabilidade da Casa Branca. Mas o fim da “onda azul” no Capitólio tende a colocar um freio nos gastos de Joe Biden, o que tende a favorecer o apetite por ativos de risco – inclusive no Brasil.
Por aqui, apesar da convocação por grupos antidemocráticos para uma greve geral nesta segunda-feira (7), não parece haver qualquer apoio para uma tentativa de mudar o resultados das urnas do último domingo de outubro (30). Contudo, não se pode descartar o risco de um ‘6 de Janeiro’ no Brasil, inspirado pelo clima eleitoral norte-americano agora.
Ibovespa rende-se ao gringo
Seja como for, o pós-eleição tem sido marcado por bom desempenho do Ibovespa e do dólar, em um movimento impulsionado pelos investidores estrangeiros. É o forte fluxo de capital externo que tem dado suporte aos ativos locais no curto prazo.
Na semana pós-eleições, o Ibovespa subiu mais de 3%, enquanto o dólar derreteu 4,5%. Trata-se do melhor desempenho da moeda brasileira frente à norte-americana desde 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez.
A percepção de que o “gringo loves Lula” mostra que os estrangeiros estão dispostos a dar o benefício da dúvida a um terceiro mandato do petista. Nesse caso, fica valendo um velho jargão do mercado financeiro, de que “contra fluxo, não há argumentos”. E este movimento no mercado doméstico pode continuar.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,38%; o do S&P 500 avançava 0,38%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,36%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,46%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,97%; a de Paris tinha leve alta de 0,08%, enquanto a de Londres recuava 0,06%
Câmbio: o DXY tinha queda de 0,31%, a 110.53 pontos; o euro caía 0,28%, a US$ 0,9987; a libra subia 0,56%, a US$ 1,1441; o dólar tinha leve alta de 0,03% ante o iene, a 146,66 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 4,142%, de 4,164% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,680%, de 4,692% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro subia 0,28%, a US$ 1.681.70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 0,21%, a US$ 92,44 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,13%, a US$ 98,44 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 2,24%, a 662,50 yuans a tonelada.
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