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Ibovespa hoje: Após inflação nos EUA, temporada de balanços agita mercados

14 out 2022, 8:03 - atualizado em 14 out 2022, 8:03
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Ibovespa não acompanhou ontem “um dos ralis mais loucos” da história de Nova York após inflação acima do esperado nos EUA (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa não se convenceu do inexplicável movimento das bolsas de Nova York ontem após os dados acima do esperado da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI). Tanto que nem acompanhou os fortes ganhos vistos em Wall Street ao final do pregão. 

Nesta manhã, os futuros dos índices de ações norte-americanos não registram uma reversão substancial e alternam leves altas e baixas, em um intenso vaivém, sem direção definida para o dia. Isso mostra que a recuperação da véspera nos mercados internacionais era isenta de qualquer mudança de fundamento. 

Não é que a alta dos preços nos EUA esteja perto do pico. Nem que o Federal Reserve irá alterar seu plano de voo na condução da alta dos juros. O rali de quinta-feira, tido como um dos “giros mais loucos” da história, refletiu a expectativa pelos balanços de grandes bancos. 

A temporada de resultados nos EUA começa hoje com a divulgação de pesos-pesados do setor bancário, como JPMorgan, Wells Fargo, Morgan Stanley e Citigroup. A sexta-feira (14) também prevê os números das vendas no varejo norte-americano em setembro (9h30), além da confiança do consumidor, medido pela Universidade de Michigan (11h).

Porém, nada disso deve mudar o cenário econômico ruim – e não apenas nos EUA. A série de problemas enfrentados na Europa, em meio à crise energética e à delicada situação no Reino Unido, somada à desaceleração da atividade na China cria um círculo vicioso, que se espalha entre os ativos globais de risco

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Espiral negativa

Dificilmente, o mercado doméstico conseguirá escapar dessa espiral negativa, mesmo com o início da safra brasileira na próxima semana. Ainda que, por ora, o foco da bolsa e do dólar esteja nas eleições

Aliás, as pesquisas eleitorais continuam dando uma pequena vantagem para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas ao que tudo indica, os levantamentos já divulgados sobre a disputa em segundo turno estão apenas repetindo o resultado das urnas no primeiro domingo do mês. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: os futuros do Dow Jones subia 0,30%; o S&P 500 avançava 0,18%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,04%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 1,37%; a bolsa de Frankfurt avançava 1,19%; a de Paris crescia 1,60% e a de Londres tinha alta de 1,15%

Câmbio: o DXY subia 0,45%, a 112.87 pontos; o euro caía 0,44%, a US$ 0,9737; a libra tinha baixa de 0,49%, a US$ 1,1276; o dólar subia 0,30% ante o iene, a 147,66 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,896%, de 3,945% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,418%, de 4,472% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro caía 0,93%, a US$ 1.661,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,27%, a US$ 87,98 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,12%, a US$ 93,51 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em baixa de 0,85% em Dalian (China), a 700,50 yuans.

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