Mercados

Ibovespa renova recorde de fechamento com indicação de Galípolo ao BC; dólar sobe a R$ 5,55

28 ago 2024, 17:16 - atualizado em 28 ago 2024, 17:20
Bolsa B3 Ibovespa investidores estrangeiros
O Ibovespa retomou os 137 mil pontos instantes após a oficialização da indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (Imagem: Adobe Stock/Reprodução - Montagem: Giovanna Figueredo)

A reta final do pregão foi movimentada e o Ibovespa (IBOV) renovou o recorde de fechamento. O feito foi patrocinado pela confirmação da indicação do governo à presidência do Banco Central.

O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,42%, aos 137.343,96 pontos — o maior patamar de fechamento, em termos nominais. 

Durante o pregão, o índice também registrou uma nova máxima intradia histórica aos 137.469,26 pontos. Até então, o maior nível intradia era de 137.212,64 pontos — alcançada na véspera (28). 

dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,555 (+0,96%)

No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a indicação do atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, para a presidência do Banco Central, no fim da tarde.

O nome de Galípolo foi bem recebido por agentes do mercado financeiro e já era ventilado como o favorito de Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência. Lula, inclusive, teve reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para alinhar a nomeação.

Antes mesmo do anúncio oficial, Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, disse estar “à disposição para fazer a sucessão da melhor forma possível”, em evento em São Paulo. Ele até já defendia o anúncio antecipado do novo presidente, devido à sabatina no Senado.

Campos Neto reafirmou que o BC fará o que for necessário para trazer a inflação à meta, de 3%.

Em segundo plano, o mercado reagiu a novos dados do mercado de trabalho.

O Brasil criou 188.021 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O número veio pouco abaixo da expectativa dos economistas consultados pela Reuters, que previam a criação de 190 mil vagas no mês.

Altas e quedas da Ibovespa 

Com poucos destaques corporativos, Petrobras (PETR4;PETR3) disputou a liderança da ponta positiva do Ibovespa a despeito da queda de mais de 1% do petróleo no mercado internacional. Os papéis da estatal foram os mais negociados no pregão.

Na reta final do pregão, os bancos ganharam fôlego e figuraram entre as maiores altas do principal índice da bolsa brasileira após a confirmação da indicação de Galípolo à presidência do BC. Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) foram os destaques do setor.

Ainda entre os ‘pesos-pesados’ do Ibovespa, Vale (VALE3) acompanhou, mais uma vez, o desempenho do minério de ferro e encerrou o dia em baixa.

Mas a ponta negativa do índice foi liderada, pela segunda sessão consecutiva, por São Martinho (SMTO3) ainda em meio às incertezas sobre a produção de açúcar, já que cerca de 20 mil hectares de cana-de-açúcar da companhia foram atingidos pelos incêndios no interior de São Paulo.

Lojas Renner (LREN3) devolveu parte dos ganhos com o abertura da curva de juros, Na véspera, os papéis da varejista avançaram mais de 4% com a revisão positiva e elevação do preço-alvo pelo Bank of America (BofA).

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street tiveram mais um dia de agenda esvaziada na expectativa pelo balanço da Nvidia (NVDA) — que será divulgado nesta quarta-feira (28) após o fechamento dos mercados.

Os investidores também aguardam o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), o índice inflacionário preferido do Federal Reserve, além da segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Os dados calibrar as apostas sobre a magnitude do corte nos juros pelo Fed em setembro.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,60%, aos 5.592,18 pontos;
  • Dow Jones: -0,39%, aos 41.091,42%;
  • Nasdaq: -1,12%, aos 17.556,03 pontos.

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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