Ibovespa em queda livre: O fundo do poço do índice, segundo o Itaú
O Ibovespa volta a cair nesta sessão após interromper a sequência de 13 quedas consecutivas na sexta, quando subiu 0,37%.
Por volta das 13h04, o índice operava no vermelho, em 0,94%, a 114.352 pontos. Em Wall Street, as bolsas até tentaram esboçar sinais de alta, mas, no mesmo horário só a Nasdaq subia, com alta de 0,4%. S&P 500 caia 0,11% e o Dow Jones exibia queda de 0,53%.
Na China, a taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) foi reduzida em 0,1 ponto percentual, para 3,45%, enquanto a LPR de cinco anos foi mantida em 4,20%. No mercado, a expectativa era de queda de ambas as taxas, sendo que para a de um ano a maioria esperava um corte de 0,15 ponto.
Os sinais de que a economia chinesa está em um processo de desaceleração estão cada vez mais claros. Nesta segunda, o UBS rebaixou a previsão de crescimento do PIB do país asiático de 4,8% para 4,2%. Além disso, o banco vê recessão imobiliária mais profunda e prolongada.
O setor tem sido o grande vilão por trás dos temores em relação ao ritmo chinês. Quase metade das construtoras estatais listadas em bolsas asiáticas informaram perdas no primeiro semestre do ano.
Já a Evergrande Group, uma gigante do setor imobiliário chinês, deu mais um passo no que parece ser uma eminente reestruturação ao solicitar proteção de seus ativos nos EUA.
“Os números divulgados apontaram para uma desaceleração mais acentuada do que o esperado. Surpreendendo o mercado, evidenciaram uma realidade muito mais alarmante que as estatísticas oficiais”, destaca a Genial Investimentos em comentário enviado a clientes.
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Qual é o fundo do poço do Ibovespa?
De acordo com a equipe gráfica do Itaú BBA, o momento é de transição de um movimento de realização no gráfico diário para o gráfico semanal.
“Isso implica que o mercado pode buscar a região da MM200 em 111.600 pontos e voltar a subir, só que agora em um horizonte de médio prazo e não mais de curto prazo”, destaca.
Se voltar a cair, o índice encontra primeiro suporte em 114.400 antes de seguir em direção aos 111.600 pontos. Do lado da alta, destaca a corretora, o índice iniciará um movimento de recuperação e encontrará resistências em 118.100 pontos e 119.600 pontos.
Já para o BB Investimentos, o Ibovespa definitivamente não dá sinais de repique.
Na visão da casa, predominam no curto prazo mais gatilhos negativos do que positivos, com os investidores de olho no endurecimento do tom dos mercados desenvolvidos em relação aos juros. Por conta disso, a B3 tem vivenciado retiradas sequenciais de capital estrangeiro.
Em relatório com análise gráfica, o BB diz que o próximo suporte, aos 114 mil pontos, é “crucial” para entender se o movimento de realização perderá força ou prosseguirá para o que a instituição considera o suporte posterior, aos 111 mil pontos.
Com informações da Reuters