Ibovespa: O que impede índice de derreter com guerra em Israel?
O Ibovespa, que amanheceu o dia em queda, virou para a alta e passou a disparar, acompanhando os índices de Wall Street.
A alta ocorre apesar das tensões mundiais. No último sábado, o Hamas atacou regiões da Faixa de Gaza e fez reféns, o que provocou forte reação de Israel, com a declaração de guerra ao grupo terrorista.
Por volta das 15h25, o índice subia 0,89%, a 115.158 pontos. A principal preocupação recaia sobre a produção de petróleo, já que o Oriente Médio é o maior produtor do mundo. O temor é que a guerra escale e envolva outros países da região, como o Irã e a Arábia Saudita.
O barril de Brent avançava 3,49%, a 87,53 dólares. Na máxima nesta segunda-feira, chegou a 89 dólares.
Em comentário enviado a clientes, a Ágora nota que o Ibovespa pode sofrer menos do que seus as outras bolsas, devido ao peso das petroleiras dentro de sua composição.
No Giro do Mercado desta segunda, o analisa Matheus Spiess, da Empiricus Research, trouxe o panorama completo dos efeitos da guerra para os mercados. Veja abaixo:
Ibovespa: Um vilão e um mocinho
No mesmo horário, PetroReconcavo (RECV3) disparava 6,84%, Prio (PRIO3) subia 5,7%, 3R Petroleum (RRRP3) 5,24% e Petrobras (PETR3) 3,88%, evitando maior tombo do índice.
Em compensação, Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) caíam 1,59%, 2,26% e 0,86%, respectivamente.
Mais cedo, os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta segunda-feira (9), com o índice de referência de Dalian atingindo o nível mais baixo em quase seis semanas após o feriado chinês da Golden Week.
Entre as maiores baixas, Casas Bahia (BHIA3) derretia 6,56% e Alpargatas (ALPA4) caía 5,22%. Magalu (MGLU3) recuava 3,37%, influenciadas pela alta dos juros futuro.
O dia também era ruim para as aéreas, com Azul (AZUL4) em perdas de 5,32% e Gol (GOLL4) desvalorizando 4,26%, com possíveis efeitos da alta do dólar e do combustível.
CVC (CVCB3) recuava 1,16% após o conselho de administração da empresa e a diretoria comprarem 193.500 ações durante o mês.
Com informações da Reuters