Ibovespa ganha impulso com reajuste dos combustíveis pela Petrobras
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Uma disparada das ações da Petrobras (PETR4) após anúncio de reajuste nos preços de combustíveis deu impulso ao principal índice da bolsa paulista nesta segunda-feira, embora as perspectivas para a economia seguiram se deteriorando.
Apoiado também pela recuperação dos papéis de bancos e de empresas ligadas a metais, o Ibovespa teve alta de 2,28%, aos 108.714,55 pontos, na primeira sessão após a pior semana desde o início da pandemia.
O giro financeiro somou 32,17 bilhões de reais.
O mote do dia foi o anúncio da Petrobras de que elevará o preço médio do diesel nas refinarias em 9,15% e o da gasolina em 7,05%, a partir de terça-feira.
A medida levou a nova rodada de alta nas previsões para a inflação de 2021/22 e reduziu temores de ingerência do governo nas estatais.
No plano internacional, o desempenho positivo das bolsas dos Estados Unidos e um alívio do temor de crise no ramo imobiliário chinês, com a Evergrande pagando credores e anunciando uma gradual migração para o negócio de veículos elétricos, deu um suspiro para ações de exportadoras para aquele mercado.
Destaques
Petrobras (PETR4) disparou 6,8%, após a companhia anunciar que elevará o preço médio do diesel nas refinarias em 9,15% e o da gasolina em 7,05%, a partir de terça-feira.
Vibra (BRDT3) deu um salto de 5,16%, com o anúncio da Petrobras carrregando para cima todo o setor ligado à cadeia de combustíveis.
Cosan (CSAN3) cresceu 4%, Petrorio (PRIO3) evoluiu 3,55%, Ultrapar (UGPA3) teve incremento de 1,6%.
Gerdau (GGBR4) teve expansão de 4,6%, com o setor de metais repercutindo notícias ligadas à incorporadora chinesa Evergrande, que reduziram o temor de crise no país.
CSN (CSNA3) teve elevação de 4%, Usiminas (USIM5) avançou 2,3%.
Vale (VALE3) teve aumento de 1,2%.
BTG Pactual (BPAC11) foi acrescido em 2,37%, liderando entre os grandes bancos no índice.
Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4) subiram 2,1% e 1,95%, respectivamente.
Hypera (HYPE3) teve ganho de 2,8%, após a farmacêutica ter anunciado na noite de sexta-feira que teve lucro do terceiro trimestre 33% ante mesmo período do ano passado, impulsionado por aumento de receita de 50%.
O Credit Suisse elogiou a expansão da receita, mas apontou compressão das margens.
Braskem (BRKM5) cresceu 2,1%. A petroquímica reportou na noite de sexta recuo na produção de eteno e vendas de resinas no Brasil, no terceiro trimestre.
O BTG Pactual (BPAC11) frisou os números mais fracos, mas afirmou que a companhia se beneficia do real mais fraco e que espera dividendos mais altos no curto prazo, o que pode compensar ruídos sobre eventual venda de ações dos principais acionistas.
Suzano (SUZB3) caiu 2,5%, devolvendo parte dos ganhos das últimas duas sessões, em dia de dólar em baixa pressionando ações de exportadoras.
BRF (BRFS3) perdeu 1,3%, Embraer (EMBR3) recuou 0,5%.