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Ibovespa futuro tem leve queda com dados de varejo abaixo do esperado

15 jan 2020, 9:50 - atualizado em 15 jan 2020, 9:56
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Ibovespa Futuros inicia com queda de 0,09% aos 117.455 pontos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Na jornada desta quarta-feira o índice Ibovespa Futuros inicia com queda de 0,09% aos 117.455 pontos, com o dólar subindo 0,43% a R$ 4,1502.

O índice futuro cai e a moeda americana sobe ante real com os dados do varejo de novembro virem abaixo da expectativa dos economistas. Vale ressaltar que as bolsas no exterior estão com leve baixa sob a expectativa da assinatura, hoje, da fase 1 do acordo comercial entre EUA e China em Washington.

Cenário Interno

Vendas do varejo

Em novembro de 2019, o volume de vendas do comércio varejista nacional avançou 0,6%, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, sétima taxa positiva consecutiva, período em que o varejo acumulou ganho de 3,3%.

O índice de média móvel trimestral, após acréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em outubro, aumentou 0,5% no trimestre encerrado em novembro. No entanto, os analistas de mercado projetavam expansão mensal de 1,1%

Já o comércio varejista avançou 2,9% em novembro de 2019 frente a igual mês do ano anterior, oitava taxa positiva seguida nessa comparação. Com isso, o varejo acumulou avanço de 1,7% de janeiro a novembro de 2019, comparado a igual período do ano anterior.

O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de um avanço de 1,8% em outubro para 1,6% em novembro, sinalizou perda de ritmo nas vendas. Mas esta variável ficou abaixo do consenso, cuja expectativa era expansão de 3,8%.

Além disso, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou queda de 0,5% em relação a outubro de 2019, interrompendo sequência de oito meses de crescimento contínuo, período em que o varejo ampliado acumulou ganho de 5,1%.

Salário Mínimo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, após reunião com o ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, que será editada uma medida provisória para elevar o valor do novo salário mínimo a 1.045 reais, do patamar fixado anteriormente de 1.039 reais.

Jair Bolsonaro
Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o reajuste tem por objetivo recompor a inflação do ano passado (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Segundo o presidente, o reajuste tem por objetivo recompor a inflação do ano passado.

A alta anterior era de 4,1% e levou em conta projeção para inflação de dezembro, que ainda não havia sido fechada.

OCDE

Os Estados Unidos planejam apoiar a proposta do Brasil de entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no lugar da Argentina, disseram duas fontes à Reuters na terça-feira.

Bolsonaro e trump
Trump reverte promessa à Argentina e Brasil pode furar a fila quanto à candidatura ao grupo dos países ricos (Imagem: Alan Santos / PR)

Os planos do governo dos EUA, depois de ter dito anteriormente que queria que a Argentina fosse o próximo a se juntar ao clube de países mais ricos, é uma vitória para a administração do presidente Jair Bolsonaro, que busca laços mais próximos com Washington desde que assumiu o poder no ano passado.

Cenário Externo

Acordo Comercial

A guerra comercial entre Estados Unidos e China deve entrar em uma nova fase mais calma nesta quarta-feira, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, e o vice-premiê chinês, Liu He, assinarem um acordo inicial que busca aumentar as compras chinesas de produtos manufaturados, agrícolas, energia e serviços dos EUA.

Donald Trump e o vice-premiê chinês, Liu He, devem assinar um acordo inicial que busca aumentar as compras chinesas de produtos manufaturados (Pixabay)

A fase 1 do acordo encerra 18 meses de conflitos tarifários entre as duas maiores economias do mundo que afetou centenas de bilhões de dólares em produtos, prejudicando os mercados financeiros e canais de oferta e desacelerando o crescimento global.

Trump e Liu vão assinar o documento de 86 páginas em um evento na Casa Branca diante de mais de 200 convidados do setor empresarial, do governo e de círculos diplomáticos.

Alemanha

A economia da Alemanha cresceu 0,6% em 2019, expansão mais fraca desde 2013 uma vez que os exportadores do país enfrentaram crescentes obstáculos provenientes das disputas comerciais.

bandeira alemã governo alemanha
Em 2019, o país enfrentou crescentes obstáculos provenientes das disputas comerciais (Imagem: Pixabay/ThorstenF)

A estimativa preliminar, divulgada nesta quarta-feira pela Agência Federal de Estatísticas, ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e mostrou forte desaceleração após crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto em 2018.

Zona do euro

A produção industrial da zona do euro encolheu mais do que o esperado em novembro na comparação sobre o ano anterior, com a produção de bens de capital, bens intermediários e energia continuando a cair, enquanto o superávit comercial foi ligeiramente menor do que o previsto, mostraram dados nesta quarta-feira.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que a produção industrial nos 19 países que compartilham o euro avançou 0,2% no comparativo mensal, com uma queda de 1,5% na base anual. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento mensal de 0,3% e um declínio anual de 1,1%.

Argentina

Os títulos de Buenos Aires aumentaram as perdas recentes nesta terça-feira, depois que o governo da província pediu prorrogação na amortização de mais de 250 milhões de dólares com vencimento no final deste mês, afetando também a dívida da Argentina.

A proposta para postergar o pagamento que vence dia 26 de janeiro deve ter o aceite de 75% dos credores, afirmou o ministro da Fazenda de Buenos Aires, Pablo López, em entrevista à rádio La Red.

O pagamento da amortização que vence no fim do mês está vinculado ao título provincial 2021, que caiu 3 pontos e desde a semana passada despencou 18 pontos, de acordo com dados da Refinitiv.

Bolsas Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,45%, a 23.916 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,39%, a 28.773 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,54%, a 3.090 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,55%, a 4.166 pontos.

Os mercados de ações da Europa operam perto da estabilidade nesta quarta-feira. Em Frankfurt, o DAX cai 0,10% aos 13.441 pontos, com o FTSE, de Londres, somando 0,11% aos 7.630 pontos. Já em Paris, o CAC recua 0,17% aos 6.030 pontos.

Commodities

A jornada desta quarta-feira teve como característica a queda moderada dos preços dos contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento em maio deste ano, perdeu 0,30% para 664,00 iuanes por tonelada, o que representa uma perda de 2,00 iuanes diante do valor de liquidação da véspera, que foi de 666,00 iuanes por cada tonelada.

Minério de ferro Mineração Commodities
Minério de ferro em queda nesta quarta-feira na bolsa de Dalian (Imagem: Unsplash/@dominik_photography)

No caso do vergalhão de aço, a sessão foi marcada por retração nas cotações dos papéis futuros do vergalhão de aço, transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, entrega para maio deste ano, cedeu 9 iuanes para 3.537 iuanes por tonelada. Já o de janeiro, segundo em volume, caiu 114 iuanes para 3.770 iuanes por tonelada.

Para o petróleo, o dia se mostra levemente negativo, com o barril do tipo Brent, referência de Londres, perdendo 0,20%, ou US$ 0,13, a US$ 64,36. Já em Nova York, o WTI cede 0,15%, ou US$ 0,09, a US$ 58,14.

Mercado Corporativo

Azul 

A companhia aérea Azul (AZUL4) anunciou nesta terça-feira acordo para comprar a rival menor TwoFlex, reforçando a aposta na aviação regional e de olho em licenças adicionais para voos ligando o aeroporto de Congonhas (SP) ao Rio de Janeiro.

O negócio, antecipado pela Reuters mais cedo citando fonte, é avaliado em 123 milhões de reais e dará à malha da Azul 36 novos destinos regionais operados pela TwoFlex, empresa oriunda da fusão das operadoras de táxi aéreo Flex Aero e Two Aviation, a TwoFlex tem 18 aeronaves Cessna Grand Caravan, com as quais atende principalmente o Centro-Norte do país.

A companhia aérea Azul  anunciou nesta terça-feira acordo para comprar a rival menor TwoFlex (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Para a Azul, a transação é uma ofensiva dupla. Já dona da maior malha aérea do país, com cerca de 200 destinos, a empresa fecha uma porta para eventual avanço da rival Gol, que em 2019 havia feito uma parceria para vender passagens para destinos regionais por meio da TwoFlex.

Ao mesmo tempo, a Azul  amplia as opções para ligação entre as capitais paulista e fluminense, já que a TwoFlex obteve em setembro passado licenças da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voos entre o aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, e o terminal de Congonhas, com seis voos diários, três partindo de cada cidade. A Two Flex tem 14 horários diários de partidas e chegadas na pista auxiliar de Congonhas.

O presidente-executivo da Azul , John Rodgerson, disse à Reuters que tentará convencer a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a autorizar o uso de aeronaves ATR da companhia, com capacidade para até 70 passageiros, nos slots da TwoFlex, hoje operados com o modelo Cessna, para até 9 passageiros.

Petrobras 

A Petrobras (PETR4) aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados (ANSA) no Paraná, o que segundo a companhia resultará na demissão de 396 empregados da unidade.

A decisão vem após esforços da empresa para vender o ativo, que vem apresentando recorrentes prejuízos desde que foi adquirido, em 2013, disse a estatal em comunicado nesta terça-feira.

A unidade gerou perdas de cerca de 250 milhões de reais entre janeiro e setembro de 2019, enquanto previsões para 2020 indicavam que o resultado negativo poderia superar 400 milhões de reais, afirmou a Petrobras.

Petrobras
A Petrobras aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados (ANSA) no Paraná (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

“No contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia)”, disse a empresa.

A Petrobras iniciou processo de desinvestimento da unidade há mais de dois anos, mas negociações com a companhia russa Acron Group foram encerradas sem a efetivação da venda, conforme divulgado ao mercado em novembro passado.

Desinvestimentos

O governo federal quer elevar em cerca de 42% a arrecadação com desinvestimentos e venda de ativos em 2020, a 150 bilhões de reais, afirmou nesta terça-feira o secretário especial de Desestatização do ministério da Economia, Salim Mattar.

O foco deste ano serão as empresas do grupo Eletrobras (ELET3), afirmou Mattar em entrevista a jornalistas. A estatal detém o controle de 210 empresas, das quais oito são subsidiárias, 173 coligadas, e 29 de simples participação.

Eletrobras
A estatal detém o controle de 210 empresas (Imagem: Facebook oficial Eletrobras)

“Esperamos em 2020 fazer a capitalização da Eletrobras, para poder aliviar os cofres públicos”, disse Mattar. Ele mostrou-se confiante na aprovação, neste ano, do projeto de lei que prevê a desestatização da empresa, que depende de investimentos anuais de 14 bilhões de reais.

Energia Elétrica

O consumo de eletricidade no Brasil deve crescer 4,2% em 2020 na comparação com o ano passado, em meio a uma recuperação mais robusta da economia, o que representaria a maior alta percentual desde 2013, disse à Reuters o presidente do conselho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri.

O consumo de eletricidade no Brasil deve crescer 4,2% em 2020 (Imagem: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

A expectativa mais otimista sobre a demanda por energia, um importante indicador da atividade econômica, vem em meio a projeções de melhor desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e após números já vistos como positivos em 2019.

O consumo de energia fechou o ano passado com alta de 2,1% frente a 2018, segundo a CCEE, o que já marcou o maior avanço desde 2014, quando houve expansão de 2,28%, de acordo com dados compilados pela Reuters.

Gás natural

O consumo total de gás natural do Brasil somou 74,8 milhões de metros cúbicos/dia em novembro, alta de 35,7% ante mesmo mês do ano anterior, com impulso do setor termelétrico, apontou nesta terça-feira levantamento da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

chama Gas
O consumo total de gás natural do Brasil somou 74,8 milhões de metros cúbicos/dia em novembro (Imagem: Pixabay)

Na comparação com outubro, no entanto, o consumo de gás do país registrou queda de 4,4%.

A demanda do segmento de geração térmica cresceu 156,7% em novembro na comparação com o mesmo período de 2018, para 33,9 milhões de metros cúbicos/dia, o que levou o setor a manter a liderança na utilização do insumo no mês, o que tem acontecido desde agosto.

Agenda de Autoridades

Jair Bolsonaro

O presidente da República inicia o dia recebendo o ministro-chefe da Secretária de Governo, Luiz Eduardo Ramos e, em seguida, junto com o ministro, tem reunião o deputado Silas Câmara (REPUBLICANOS/AM). Ainda pela manhã, se reúne com Bento Albuquerque, Ministro de Minas e Energia; e General Joaquim Silva e Luna, Diretor-Geral da Itaipu Binacional.

Na parte da tarde, recebe Osmar Terra, Ministro da Cidadania; seguido do presidente da FIESP, Paulo Skaf, do o ministro-chefe da Secretária de Governo, Luiz Eduardo Ramos; do ministro da Educação, Abraham Weintraub; e do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O dia chega ao fim com reunião com Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da Casa Civil; e Almirante de Esquadra Celso Luiz Nazareth, Chefe do Estado-Maior da Armada.

Paulo Guedes

Reunião com o Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira;

Audiência com o senador Marcio Bittar (MDB-AC);

Reunião semanal com o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Da Costa;

Reunião semanal com o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar

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