Ibovespa futuro sobe 0,62%, mas não rompe ponto de resistência; minidólar recua

O Ibovespa futuro, ou mini-índice (WINV25), encerrou esta quarta-feira (8) em alta de 0,62%, aos 142.500 pontos, acompanhando o bom humor em Wall Street e a recuperação dos preços do petróleo no exterior.
Segundo análise técnica do BTG Pactual divulgada hoje, para uma eventual retomada da força compradora, será necessário romper as resistências de 143.800 e, em seguida, a de 146.000.
A tendência para o Ibovespa futuro é de baixa nos curto e médio prazo, mas ainda é de alta no longo prazo. O suporte principal está na região dos 140.000 pontos, e um teste nesse patamar será crucial para definir a direção do mercado no curto prazo.
Já o dólar futuro para novembro terminou caiu 0,43%, aos R$ 5,364.
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A análise gráfica, mais cedo, destacou que o ativo formou um microcanal de alta no curto prazo, mas que, em uma visão mais ampla, esse padrão assume o formato de uma “bandeira de baixa”.
O topo do canal está próximo da resistência de 5.400. Para que a figura de continuidade da queda seja confirmada, é necessário romper o suporte de 5.330, o que abriria espaço para um teste na região dos 5.300.
Dólar futuro cai na contramão do exterior
O DXY, índice que compara o desempenho da moeda americana frente a seis divisas globais, subiu 0,27%, aos 98.852 pontos.
Nos Estados Unidos, do lado fundamentalista, os investidores reagiram à ata do Fomc (Federal Open Market Committee), que mostrou consenso entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed) sobre os riscos crescentes no mercado de trabalho e a necessidade de cortes adicionais de juros, mesmo com a inflação acima da meta de 2%.
O documento reforçou a aposta de novo corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, marcada para 29 de outubro, segundo o CME FedWatch, que precifica 92,5% de probabilidade de nova redução.
A paralisação parcial do governo norte-americano (shutdown) completou oito dias, com democratas e republicanos ainda sem acordo, enquanto a crise política na França manteve o clima de cautela nos mercados globais.
O real se beneficiou da alta do petróleo. O contrato do Brent subiu 1,22%, a US$ 66,25 por barril, em Londres, o que ajudou a sustentar o movimento de recuperação no Ibovespa.
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Ibovespa futuro e o risco fiscal
No cenário doméstico, a MP 1.303, que substitui o aumento do IOF, continuou sendo o principal foco dos investidores. Ela unificava em 18% a tributação sobre todas as aplicações financeiras a partir de 1º de janeiro de 2026 e aumentava a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de algumas instituições financeiras.
Após ser aprovada pela Comissão Mista do Congresso na terça-feira (7), a medida precisava passar pelos plenários da Câmara e do Senado nesta quarta.
Há pouco, porém, a Câmara derrubou a MP. Foram 251 votos a favor da retirada e 193 contra. Como a MP perde a vigência à meia-noite de hoje, não haverá tempo para análise em outra sessão. Se passasse pela Câmara, a medida também precisaria ser votada hoje pelo Senado.
Com isso, a tentativa do governo de aumentar a arrecadação em R$ 20,9 bilhões em 2026 fica inviabilizada, ao menos por meio deste instrumento.
Amanhã, Ibovespa futuro e juros futuros devem reagir à notícia, que saiu após o fechamento.