Ibovespa futuro sobe forte com eleição de Biden e anúncio da Pfizer
A semana começou com fortes ganhos na bolsa paulista, embalada pelo apetite a risco global nesta segunda-feira, com o clima já positivo em razão da vitória de Joe Biden na corrida presidencial nos EUA se amplificando após anúncio da Pfizer de que sua vacina experimental contra a Covid-19 é 90% eficaz.
Às 10:22, o Ibovespa subia 4,04%, a 105.001,94 pontos, renovando máximas intradia desde julho.
Biden venceu a eleição para a presidência dos Estados Unidos no sábado, após uma dura campanha eleitoral e prometeu que trabalhará para unificar um país profundamente dividido, mesmo com Donald Trump se recusando a aceitar a derrota.
A combinação da vitória do democrata com um Senado de maioria republicana agradou agentes financeiros, uma vez que reduz a chance de mudanças expressivas de políticas econômicas nos EUA, principalmente em relação à tributação de grandes empresas norte-americanas, e notadamente o setor de tecnologia.
“Com isso, a incerteza em torno da eleição se dissipou e os investidores recuperaram o apetite pelo risco”, afirma o analista de mercados Milan Cutkovic, da Axi.
Com um desfecho da eleição presidencial nos EUA, ele avalia que a pandemia de coronavírus voltará ao foco das atenções, mas destaca que os ‘lockdowns’ em curso não impediram a recuperação, pois investidores continuam a contar com os BCs e governos para apoiar a economia com medida de estímulos.
Nesse sentido, o anúncio da Pfizer de que a vacina contra a Covid-19 que está desenvolvendo com a BioNTech mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença, segundo dados iniciais, animava os mercados. As duas empresas esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos EUA neste mês.
Nos EUA, o futuro do S&P 500 avançava 3,67%.
No Brasil, a temporada de resultados nesta segunda-feira traz os balanços de Magazine Luiza, BRF e Yduqs, entre outros, após o fechamento do mercado.
Mais cedo, pesquisa Focus do Banco Central apurou aumento nas expectativas de inflação de 3,02% para 3,2% em 2020 e de 3,11% para 3,17% em 2021. Em paralelo, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, passou a ver Selic a 2,25% no ano que vem, de 2% antes.
(Atualizada às 10h35)