Ibovespa futuro opera em leve baixa com temores sobre guerra comercial
O índice futuro do Ibovespa abre a jornada desta terça-feira (7), operando com queda de 0,34% aos 95.150 pontos
A confiança dos investidores permanece frágil mundo afora, enquanto isso, o investidor espera por mais manchetes relacionadas à disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e as implicações da decisão americana, reiterada ontem, de elevar as sobretaxas comerciais a US$200 bilhões em importações chinesas nesta sexta-feira.
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Do lado mais positivo, o governo da China confirmou hoje que o vice-premiê Liu He visitará Washington entre 9 e 10 de maio; no mais negativo, Robert Lightziher, o representante de comércio dos EUA, acusou os chineses de descumprirem parte dos compromissos contidos no pré-acordo comercial. Quais seriam? Mudar suas leis para proteção da propriedade intelectual ou eliminar a obrigatoriedade de transferir tecnologia americana. Alguém esperava tantas concessões em um acordo só? Bom, parece que os mercados esperavam.
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Bolsas asiáticas mistas, bolsas europeias em leve queda e futuros dos índices americanos no vermelho. Dólar oscilante, commodities recuando e aversão ao risco em alta – o dia promete mais incerteza. Já no plano local, os mercados de câmbio, renda variável e juros devem repercutir hoje o início das deliberações sobre a reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Analistas como Lucas de Aragão, da Arko Advice, identificam vários desafios para o governo nesse estágio crucial: evitar a desidratação da economia fiscal do projeto, acelerar a tramitação da pauta e melhorar a articulação política.
Iniciativas do presidente Jair Bolsonaro, como o pacto anticrime e a reorganização da administração federal, dependem da aprovação do Congresso. Ao que parece, alguns setores do Parlamento querem sabotar a pauta legislativa para mandar recados sobre a insatisfação com a articulação – basta ver as movimentações dos partidos do Centrão, em especial as do deputado-sindicalista, Paulinho Pereira.
Hoje é o primeiro dos dois dias de reuniões do comitê de política monetária do Banco Central, o Copom, que deve anunciar amanhã o novo patamar da taxa básica de juros Selic. A expectativa majoritária é de manutenção em 6,50% ao ano. A agenda econômica destaca números de vendas de veículos por aqui em abril e, lá fora, a produção industrial de março na Alemanha. No âmbito corporativo, hoje tivemos resultados trimestrais da Ambev acima do consenso na receita líquida e Ebitda, e levemente abaixo no lucro. À noite, o esperado balanço da Petrobras será divulgado – nosso consenso espera queda no lucro na base anual pelas paradas de manutenção, preços de petróleo menores, margem de refino pressionada e provisões relacionadas ao caso Sete Brasil.
Os mercados acionários ao redor do mundo operavam sem direção definida nesta terça-feira, aguardando sinais mais concretos de que os Estados Unidos e China possam resolver suas diferenças comerciais e diplomáticas sem piorar a desaceleração econômica global.
Mercados
Bolsa: Os principais índices na China, que despencaram na véspera, se recuperaram e subiaram em busca de barganhas por parte do investidor, enquanto o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, voltou aos negócios após longo feriado. O índice pan-europeu Stoxx600 operava em queda de 0,3%, puxado pelas ações das montadoras e bancos, enquanto o futuro do índice S&P500 recuava 0,5% apesar da confirmação de que o vice-premiê chinês Liu He deve viajar aos EUA para retomar as negociações comerciais.
AES Tietê: A AES Tietê apurou um lucro líquido de R$62 milhões no primeiro trimestre, o equivalente a uma elevação de 13,3% na base anual.
Unidas: A Unidas registrou um lucro líquido recorrente de R$82,5 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma expansão de 54,8% na base anual.
Vulcabras: A Vulcabras divulgou um lucro líquido de R$26,2 milhões no primeiro trimestre, uma redução de 21,6% na comparação anual.
Duratex: O conselho de administração da Duratex aprovou a emissão de R$1,2 bilhão em debêntures, com esforços restritos de distribuição.
Lucro líquido da Duratex cai 37,5% no primeiro trimestre de 2019
Gol: A Gol publicou números prévios de tráfego de abril, com alta de 6,7% na oferta total e de 7,8% na demanda total. A taxa de ocupação atingiu 80,8%, com alta de 0,8 ponto percentual.
T4F Entretenimento: A T4F Entretenimento informou que vai provisionar cerca de US$8,8 milhões em razão de provável perda em ação judicial na Argentina movida contra a companhia pela LRPG.
Mahle Metal Leve: A Mahle Metal Leve rescindiu contrato com a Brasil Plural referente a serviços de formador de mercado das ações ON da companhia.
Frigoríficos: Peste suína na China cria oportunidade para exportador (Estado)
BH Pharma: Fundo de ex-BTG fica com debêntures da BR Pharma (Valor)
Siderúrgicas: Resultado de siderúrgicas não anima mercado (Valor)
Bradesco: Bradesco mira R$ 1,6 tri de brasileiros nos EUA ao comprar banco na Flórida, diz presidente (Folha)
Ambev: A Ambev divulgou lucro líquido de R$2,74 bilhões no primeiro trimestre de 2019, avanço de 6,2% na base anual e levemente abaixo do consenso. EBITDA e receita líquida bateram o consenso.