Mercados

Ibovespa futuro inicia sessão desta sexta-feira com desvalorização

30 nov 2018, 9:09 - atualizado em 30 nov 2018, 9:09

Investing.com – O índice futuro do Ibovespainicia a sessão desta sexta-feira com queda de 0,80% aos 89.180 pontos, em um cenário que se mostra negativo nas bolsas internacionais. O mercado se mostra apreensivo na espera da reunião do G-20, principalmente em relação ao encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e China.

Por aqui, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% na passagem do 2º para o 3º trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Em relação ao 3º trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,3%. No acumulado nos quatro trimestres terminados no 3º trimestre de 2018, o PIB subiu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no acumulado do ano, o PIB cresceu 1,1%, em relação a igual período de 2017.

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2018 alcançou R$ 1,716 trilhão, sendo R$ 1,464 trilhão do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 252,2 bilhões dos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. A taxa de investimento foi de 16,9% e a taxa de poupança foi de 14,9%.

O crescimento do setor industrial da China estagnou pela primeira vez em mais de dois anos em novembro uma vez que as novas encomendas desaceleraram, aumentando a pressão sobre Pequim antes das negociações comerciais entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump neste fim de semana.

Se as negociações no G20 falharem, Trump deve dar continuidade aos aumentos tarifários sobre produtos chineses em janeiro, o que vai pressionar ainda mais a economia da China e ampliar os riscos ao crescimento global.

A leitura fraca sobre a atividade industrial sugere que a série de medidas de estímulo de Pequim nos últimos meses ainda não foi sentida, ampliando as visões de que as condições empresariais na China devem piorar.

Bolsas Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,40 por cento, a 22.351 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,21 por cento, a 26.506 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,81 por cento, a 2.588 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,12 por cento, a 3.172 pontos.

O dia se mostra negativo para as principais praças europeias. Na Alemanha, o DAX de Frankfurt tem queda de 0,66% aos 11.223 pontos, enquanto que, no Reino Unido, o FTSE de Londres recua 0,73% aos 6.986 pontos. Já na França, o CAC de Paris tem desvalorização de 0,54% aos 4.979 pontos.

Commodities

Nesta sexta-feira, na bolsa chinesa de mercadorias de Dalian, o dia foi marcado por leve queda nos preços dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo com maior volume de negócios, com vencimento no mês de maio do próximo ano, registrou queda de 0,44%, fechando assim a jornada negociado a 455,00 iuanes por tonelada, em uma variação negativa diária de 2 iuanes.

No caso do vergalhão de aço, que tem seus ativos transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai, a sessão foi também negativa. Agora, o contrato de maio de 2019 é o mais líquido e apresentou queda de 57 iuanes, a 3.256 iuanes por tonelada. O ativo de janeiro foi o segundo mais negociado, com perdas de 30 iuanes por tonelada, a 3.587.

A sessão também se mostra negativa para os preços internacionais do petróleo. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York, tem perdas de 1,46%, ou US$ 0,75, a US$ 50,70. Já em Londres, o Brent perde 1,02%, ou US$ 0,61, a US$ 59,30.

Mercado Corporativo

A dívida líquida vai continuar crescendo nos próximos seis anos antes de começar a cair a partir de 2025, no cenário em que são aprovadas reformas estruturais para auxiliar na estabilização do passivo, avaliou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional em um novo relatório.

Sem reformas e esforço fiscal, como a retomada dos superávits primários, a dívida bruta do governo central pode superar 90 por cento do PIB, segundo o relatório, que lista um total de nove riscos –domésticos e globais– para a trajetória da dívida.

“A expectativa é de que importantes medidas sejam tomadas de forma a garantir um ajuste fiscal gradativo, para que se consiga reverter a trajetória de deterioração do endividamento público.”

A Petrobras (SA:PETR4) avalia vendas de ativos de 14 bilhões a 15 bilhões de dólares nos primeiros anos do plano de negócios para o período de 2019 a 2023, montantes que deverão ser determinantes para o total de investimentos projetados, disse nesta quinta-feira uma fonte com conhecimento da situação à Reuters.

A fonte, que falou na condição de anonimato, disse que os valores ainda não foram aprovados, o que deve acontecer na próxima reunião do Conselho de Administração da empresa, no começo da segunda quinzena de dezembro.

“Esse valor está sendo fechado, mas na mesa tem 14 ou 15 bilhões de dólares, e deve ser para os próximos cinco anos, e a ideia é antecipar isso para ajudar nas metas de dívida”, disse a fonte, ressaltando que o período do desinvestimento não está estabelecido ainda.

A Petrobras tinha uma meta de desinvestir 21 bilhões de dólares no biênio 2017 e 2018, volume que a estatal já admitiu que não será possível de ser atingido.

As produtoras de celulose Suzano (SA:SUZB3) e Fibria (SA:FIBR3) anunciaram nesta quinta-feira o cronograma para concluir a fusão anunciada mais cedo neste ano. A programação envolve a substituição das ações da Fibria por ações da Eucalipto e depois a troca dessas por ações da Suzano, que começará em 4 de janeiro e terminará em 8 de janeiro.

A fusão será consumada em 14 de janeiro de 2019. O anúncio ocorre no mesmo dia em que a fusão foi aprovada pela União Europeia.

A Odebrecht está trabalhando com a firma de reestruturação RK Partners para renegociar parte de sua dívida bancária, disseram três fontes a par do assunto nesta quinta-feira.

A RK Partners é a segunda empresa de reestruturação que o conglomerado contratou recentemente.

No início da semana, a Odebrecht anunciou que deu mandato à Moelis e dois escritórios de advocacia para reestruturar 3 bilhões de dólares em títulos emitidos por sua unidade Odebrecht Finance após perder um prazo para pagar 11,5 milhões de dólares em juros.

A Odebrecht e sua controlada Braskem (SA:BRKM5) concordaram em dezembro de 2016 em pagar pelo menos 3,5 bilhões de dólares, a maior multa da história por suborno, para resolver os encargos envolvendo pagamentos à Petrobras e outros.

Ficou para 2019 uma nova decisão judicial sobre a eventual revogação da liminar concedida anteriormente pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia determinado que a “venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige prévia autorização legislativa”, disse uma fonte da corte com conhecimento do assunto à Reuters.

Uma decisão sobre o tema é especialmente importante para a Petrobras (SA:PETR4), cujo plano de desinvestimento foi impactado pela liminar do ministro.

No início do mês, o presidente-executivo da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou que a empresa não conseguirá atingir sua meta de desinvestimentos de 21 bilhões de dólares para o biênio 2017 e 2018, devido a impasses judiciais.

Os shopping centers no Brasil devem vender 8 por cento mais no Natal deste ano em relação ao de 2017, com maior fluxo de visitantes na esteira da retomada econômica e estabilidade política, segundo projeção da entidade que representa o setor, Abrasce.

A estimativa para o Natal também leva em conta os esforços dos empreendimentos para diversificar a atuação, aproximando-se mais dos clientes por meio da multicanalidade, mostrou levantamento da associação obtido com exclusividade pela Reuters.

“Muitas marcas aproveitam para diversificar a sua atuação, com flagships stores, pop ups, quiosques, entre outros. Esse fator, aliado à comodidade e segurança, nos leva a uma expectativa de aumento de 5 por cento no fluxo”, disse o presidente da Abrasce, Glauco Humai, em nota à imprensa.

Agenda de Autoridades

Em viagem a Buenos Aires onde participa da reunião do G-20, o presidente Michel Temer tem encontro informal com os líderes dos BRICS, participando mais tarde do retiro dos líderes do G-20. Entre as sessões da reunião dos países, Temer se encontra com o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, com o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison. O dia termina com um jantar oferecidos os líderes dos países pelo presidente argentino Maurício Macri.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, também está em Buenos Aires e acompanhará Michel Temer nos compromissos oficiais.

Com Reuters.

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