Ibovespa futuro contraria movimento ruim dos mercados no exterior e fecha em leve alta
O Ibovespa futuro encerrou em leve alta nesta segunda-feira (14), na contramão das bolsas internacionais.
O índice fechou com valorização de 0,17%, a 113.816 pontos, de acordo com dados preliminares.
A volatilidade marcou a sessão de hoje nos mercados asiáticos, europeus e norte-americanos. Os principais índices dessas três regiões fecharam em queda em meio à escalada das tensões no Leste Europeu.
Investidores monitoram de perto as tensões na Ucrânia, aguardando os próximos movimentos por parte do governo russo.
Os Estados Unidos disseram no domingo que a Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento e criar um pretexto surpresa para um ataque.
O governo russo reuniu mais de 100 mil soldados perto da Ucrânia, alimentando ainda mais a ideia do país norte-americano de que uma invasão está próxima de acontecer.
Volodymyr Zelenskiy, presidente da Ucrânia, disse nesta segunda que tinha ouvido que quarta pode ser o dia em que a Rússia invadirá o país.
Até agora, a Rússia negou que está planejando uma invasão.
Diferentemente dos mercados de fora, a bolsa brasileira parece estar se defendendo bem contra os efeitos de uma potencial invasão russa na Ucrânia, destaca Felipe Kulchetscki, fundador da JFK Investimentos.
O conflito entre Rússia e Ucrânia tem impacto direto nas cotações das principais commodities. Os mercados temem um desabastecimento de combustíveis para a Europa, o que explica a disparada nos preços do petróleo nos últimos dias.
As empresas com o maior peso no Ibovespa são ligadas a commodities. Portanto, uma alta dos preços pode impactar de maneira positiva essas companhias nacionais.
Além disso, Kulchetscki acredita que, como o aumento do ciclo da Selic começou mais cedo no Brasil, deve terminar antes que em outros países emergentes.