Ibovespa: fundo do poço pode ser uma queda até os 114.800 pontos
O Ibovespa começa setembro sob pressão da forte queda do minério de ferro na China e da disposição do presidente Jair Bolsonaro de rever a política de preços dos combustíveis. O primeiro fato pesa sobre as ações da Vale (VALE3); o segundo, sobre a Petrobras (PETR3; PETR4). Trata-se “apenas” das empresas com a maior participação no Ibovespa.
Além disso, o recuo de 0,1% do PIB no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, contrariou a expectativa do mercado de uma alta entre 0,1% e 0,2%. O resultado foi divulgado nesta manhã pelo IBGE, e interrompe uma sequência de três trimestres consecutivos de crescimento.
Tudo somado, os investidores começam setembro, fazendo rescaldo da queda de agosto e se perguntando para onde o mercado caminha. Para Maurício Camargo e Ernani Reis, analistas gráficos da Ágora Investimentos, o marco a ser monitorado são os 118.300 pontos, considerado o piso mais próximo do atual patamar. Ontem (31), o Ibovespa encerrou em 118.781 pontos.
Se o índice romper essa barreira, abrirá espaço para quedas ainda maiores. No caso, o primeiro suporte estaria na região dos 116.500 pontos. Se, porém, isso não for suficiente para estancar a desvalorização, o próximo suporte estaria em 114.800 pontos.