Mercados

Ibovespa volta a cair aos 131 mil pontos com Wall Street e surpresa com prévia da inflação; dólar sobe a R$ 5,47

25 set 2024, 17:11 - atualizado em 25 set 2024, 17:28
ibovespa
O Ibovespa acompanhou a fraqueza das bolsas de Nova York e aumento de incertezas sobre o ritmo de aperto monetário do BC após o IPCA-15 mais fraco que o esperado (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Depois de um breve respiro com apoio da China, o Ibovespa (IBOV) não sustentou o ritmo de ganhos e voltou ao tom negativo nesta quarta-feira (25).

O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,43%, aos 131.586,45 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4761 (+0,24%).

No cenário doméstico, os investidores repercutiram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

A prévia da inflação oficial registrou uma alta de 0,13% em setembro, contra 0,19% em agosto, bem abaixo das expectativas do mercado.

Na avaliação do Itaú, o dado veio significativamente abaixo da nossa expectativa e com abertura bem melhor do que a esperada, especialmente em função da surpresa baixista em serviços subjacentes.

“Por outro lado, os serviços subjacentes ligados a mão de obra e alimentação fora do domicílio seguem comportados, a despeito do mercado de trabalho apertado”, escreve a economista Luciana Rabelo, em nota.

Além disso, o Brasil registrou um déficit em transações correntes maior do que o esperado e investimentos diretos abaixo da previsão em agosto, segundo dados do Banco Central.

O déficit em transações correntes atingiu US$ 6,589 bilhões no mês, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,75% do Produto Interno Bruto. Em agosto do ano passado as transações correntes haviam ficado negativas em US$ 969 milhões.

O resultado veio pior do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 5,25 bilhões em agosto.

Altas e quedas da bolsa

Entre os ativos negociados na bolsa, o setor de frigoríficos concentrou as atenções do dia.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda de ativos da Marfrig (MRFG3) para a Minerva (BEEF3), com restrições. Entre os “remédios”, a Minerva será obrigada a vender a planta localizada em Pirenópolis (GO), atualmente inativa. 

A expectativa é que operação seja concluída até o final de outubro.

Após o aval, as ações MRFG3 passaram a figurar entre as maiores do Ibovespa e encerrou o pregão com alta de quase 2%.

Mas a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira foi liderada por  Braskem (BRKM5), que saltou mais de 4% na reta final do pregão.

CSN Mineração (CMIN3) disputou a liderança dos ganhos com apoio do minério de ferro. Vale (VALE3) também estendeu a alta da véspera.

Com o anúncio de novos estímulos na China, os contratos futuros da commodity subiram mais de 4% hoje.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE)  encerrou as negociações do dia com alta de 4,19%, a 709 iuanes (a US$ 101,02) a tonelada.

Já na ponta negativa, Brava Energia (BRAV3) zerou os ganhos da véspera, com desempenho puxado pelo petróleo — que caiu mais de 2%. Petrobras (PETR4;PETR3), por sua vez, fechou em leve alta, na contramão da commodity.

As ações do Assaí (ASAI3) também figuraram entre as maiores quedas do Ibovespa após o Citi rebaixar a recomendação de compra para neutra/alto risco. 

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores seguiram em compasso de espera por novos dados de inflação. Wall Street operou volátil acompanhando o noticiário corporativo.

O mercado espera a divulgação do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) de agosto — indicador preferido do Fed para referência de inflação.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,19%, aos 5.722,26 pontos;
  • Dow Jones: -0,70%, aos 41.914,75 pontos;
  • Nasdaq: +0,04%, aos 18.082,21 pontos.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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