Mercados

Ibovespa ‘freia’ sequência de altas com Vale (VALE3) e cai na contramão de NY; dólar recua a R$ 5,65

17 out 2024, 17:14 - atualizado em 17 out 2024, 17:41
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Ibovespa fechou em queda após três sessões consecutivas de ganhos; o índice foi pressionado pelo tombo do minério de ferro (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de três altas consecutivas e cedeu à pressão do tombo do minério de ferro na China, a despeito do avanço de Wall Street. O cenário fiscal seguiu no radar.

Nesta quinta-feira (17), o principal índice da bolsa brasileira caiu 0,73%, aos 130.793,41 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6596 (-0,10%).

No cenário doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a situação econômica do Brasil foi elogiada em uma reunião que teve na véspera com representantes dos bancos.

Em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, Lula afirmou que, na economia, “tudo” está como ele gostaria e que a inflação está sob controle.

“A economia está surpreendendo o mercado. Ontem eu fiz uma reunião com os principais bancos brasileiros, e todos eles elogiando o crescimento. ‘Presidente, vocês estão crescendo acima do mercado, as coisas estão boas, o emprego está crescendo, a massa salarial está crescendo, a inflação está mais ou menos controlada'”, disse Lula.

“Então, está tudo do jeito que eu quero que esteja”, afirmou o presidente, que teve uma reunião com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Altas e quedas do Ibovespa 

Entre os ativos negociados no Ibovespa, Vale (VALE3) devolveu parte dos ganhos da véspera com o tombo de quase 6% do minério de ferro. Apenas na sessão desta quinta-feira (17), a mineradora perdeu mais de R$ 7 bilhões em valor de mercado.

O contrato da commodity mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian, com vencimento em janeiro de 2025, encerrou as negociações com queda de 5,99%, a 746,0 yuans (o equivalente a US$ 104,74) a tonelada — o menor nível desde 30 de setembro.

As expectativas de estímulo fiscal na China foram frustradas depois que o Ministério das Finanças não expandir as medidas para além do apoio de crédito já existente às incorporadoras imobiliárias.

Contudo, as ações mais penalizadas no Ibovespa foram as mais sensível ao cenário doméstico, chamadas de cíclicas. Os papéis foram pressionados pela abertura da curva de juros, com preocupações com as contas públicas como pano de fundo.

Yduqs (YDUQ3) e Hapvida (HAPV3) ficaram entre as maiores quedas do principal índice da bolsa brasileira.

Ainda entre as baixas, Petrobras (PETR4;PETR3) destoou da leve recuperação do petróleo e estendeu mais um dia de baixas.

Na ponta positiva do Ibovespa, os frigoríficos foram o destaque do pregão. BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) lideraram os ganhos da sessão.

Exterior 

Nos Estados Unidos, Wall Street teve mais um dia de máximas históricas, com apoio das ações do setor de semicondutores e dados econômicos.

As ações da Nvidia atingiram um novo recorde, embaladas pela forte previsão de vendas da fabricante terceirizada de chips TSMC — que impulsionou otimismo dos investidores sobre a demanda por microprocessadores usados em aplicações de inteligência artificial.

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co, a maior fabricante de chips em regime de terceirização do mundo, aumentou sua expectativa de crescimento da receita anual e disse que as vendas de chips de IA representarão cerca de 15% de sua receita para o ano.

As ações da TSMC listadas nos EUA saltaram mais de 11%, elevando o valor de mercado da empresa para acima de US$ 1 trilhão.

A Nvidia, cliente da TSMC e líder em chips de IA, subiu quase 4% na máxima, atingindo recorde de US$ 140,89, antes de reduzirem os ganhos para valorização de 2% no meio da tarde.

O movimento positivo também foi apoiado por uma série de dados econômicos que reforçaram as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve em novembro.

Os números de vendas no varejo subiram 0,4% em setembro na comparação anual, acima da alta de 0,3% esperada por analistas consultados pela Reuters. As vendas excluindo automóveis dispararam 0,5%, acima da previsão de 0,1%.

Os pedidos de seguro-desemprego para a semana encerrada em 12 de outubro também foram menores do que o esperado.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,02%, aos 5.841,47 pontos; 
  • Dow Jones: +0,37%, aos 43.239,05 pontos – maior nível histórico de fechamento;
  • Nasdaq: +0,04%, aos 18.373,61 pontos.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu os juros em 25 pontos-base, o terceiro corte desde o início do ano. Com o corte, a taxa de referência caiu para 3,25% ao ano.

O BC não forneceu nenhuma indicação sobre futuros movimentos em sua declaração e, em vez disso, reforçou a comunicação de que as próximas decisões dependerão dos dados.

Após a decisão, o índice acionário de referência de Frankfurt renovou o recorde de fechamento aos 19.583,39 pontos.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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