Mercados

À espera da ‘Super Quarta’, Ibovespa fecha em queda aos 134 mil pontos; dólar cai a R$ 5,48

17 set 2024, 17:11 - atualizado em 17 set 2024, 17:36
Ibovespa, 5 Coisas, Investimentos, Dólar, Day Trade, Estados Unidos, EUA, IPCA, Debate, Kamala Harris, Donald Trump, Eleições
O Ibovespa devolveu os ganhos da véspera com expectativas sobre as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) devolveu os ganhos da véspera e terminou o dia em tom negativo, em compasso de espera pelas decisões sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Nesta terça-feira (17), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,11%, aos 134.960,19 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4882 (-0,41%).

No cenário doméstico, o mercado acompanhou novas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O chefe da pasta econômica afirmou que o governo está promovendo um ajuste nas contas públicas após anos de “desarranjo” orçamentário, ressaltando que o arcabouço fiscal tem que ser respeitado.

Ele ainda disse que as finanças públicas serão reorganizadas e o país terá condições de crescer acima da média mundial, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Enquanto o mercado espera a ‘Super Quarta’ – dia marcado por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos –, os investidores reagiram à desaceleração do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) em setembro, em segundo plano.

O índice registrou alta de 0,18%, após avançar 0,72% no mês anterior, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo do esperado.

Amanhã (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulga mais uma decisão de política monetária. O mercado espera uma alta na taxa Selic de 25 pontos-base, o que levaria os juros a 10,75% ao ano. As apostas de alta de 50 pontos-base não estão descartadas.

Altas e quedas da bolsa

A cautela com a decisão sobre a Selic motivou uma troca geral de posições entre os setores na B3.

Entre os destaques da bolsa, as ações da Oncoclínicas (ONCO3) chegaram a cair mais de 11% durante o pregão após o Citi rebaixar a recomendação de compra para neutro/alto risco. 

O banco também reduziu o preço-alvo para os papéis da companhia de saúde, de R$ 9,00 para R$ 7,00.

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada, mais uma vez, por Azul (AZUL4). Os papéis da companhia aérea estenderam os ganhos pela terceira sessão com expectativas de acordo sobre as dívidas. Ontem (16), a empresa confirmou que está em negociações com arrendadores de aeronaves para substituir a dívida de cerca de US$ 580 milhões por participação societária. 

Os investidores também reagiram à atualização de guidance da JBS (JBSS3)As ações da companhia subiram mais de 1% e o Bradesco BBI e o Goldman Sachs elevaram o preço-alvo para os papéis do frigorífico. 

Já entre as maiores quedas, São Martinho (SMTO3) foi um dos destaques. Os papéis lideraram a ponta negativa do Ibovespa na primeira hora do pregão com o rebaixamento da recomendação de neutra para venda das ações pelo Morgan Stanley. 

Entre as blue chips, Petrobras (PETR4;PETR3) destoou do desempenho do petróleo e fechou em queda, sendo uma das ações mais negociadas do mercado brasileiro.

As ações de Vale (VALE3) também caíram com a ausência da referência das cotações do minério de ferro na China.

Os bancos recuaram em bloco à espera das decisões sobre os juros.

Exterior 

As bolsas dos Estados Unidos operaram voláteis ao longo do dia em compasso de espera pela decisão de política monetária. Nas primeiras horas do pregão, os índices Dow Jones e S&P Global renovaram os recordes intradia históricos.

O mercado reagiu, mais uma vez, a novos dados econômicos.

As vendas no varejo aumentaram 0,1% em agosto, após uma alta revisada para cima de 1,1% em julho, informou o Departamento de Comércio nesta terça-feira (17).

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no setor, que são em sua maioria mercadorias e sem ajustes pela inflação, apresentariam queda de 0,2% no mês passado.

Com o dado, as apostas de corte de 50 pontos-base nos juros seguiram como majoritárias.

Agora, os traders veem 65% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 4,75% a 500% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (16), a probabilidade era de 50%.

Já a probabilidade de o Federal Reserve (Fed) cortar 25 pontos-base, que colocaria os juros norte-americanos no intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano, é de 39%, ante 50% do dia útil anterior.

O Banco Central dos EUA deve cortar os juros pela primeira vez em mais de quatro anos. A decisão será divulgada amanhã (18) às 15h (horário de Brasília).

Logo após o comunicado, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,03%, aos 5.634,68 pontos;
  • Dow Jones: -0,04%, aos 41.606,18 pontos;
  • Nasdaq: +0,20%, aos 17.628,06 pontos.

*Com informações de Reuters 

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar