Mercados

Ibovespa fecha quase estável e sustenta 110 mil pontos em dia sem Wall Street

26 nov 2020, 18:13 - atualizado em 26 nov 2020, 19:13
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
Na ausência da referência de Wall Street, alguns agentes financeiros aproveitaram para realizar lucros  (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) fechou quase estável nesta quinta-feira, em pregão com liquidez reduzida em razão da ausência de Wall Street por feriado nos EUA, com o noticiário corporativo destacando o plano estratégico da Petrobras (PETR4) para 2021-25.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou, segundo dados preliminares, com variação positiva 0,05%, a 110.190,93 pontos, tendo oscilado entre mínima de 109.418,33 pontos e máxima de 110.205,15 pontos.

De acordo com análise técnica do Safra, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo e segue em direção ao objetivo em 116.500 pontos.

O volume financeiro na bolsa nesta quinta-feira somava 19,9 bilhões de reais, bem abaixo da média diária de novembro, de 36,1 bilhões de reais.

As bolsas em Nova York estiveram fechadas em razão do Dia de Ação de Graças, que também encerrará os pregões mais cedo na sexta-feira.

Na ausência da referência de Wall Street, alguns agentes financeiros aproveitaram para realizar lucros.

No acumulado do mês, o Ibovespa sobe mais de 17%, com alguns papéis contabilizando alta de mais de 60%.

O desempenho de novembro tem sido atribuído em boa parte às compras de estrangeiros, com o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro positivo em 29,5 bilhões de reais no mês até o dia 24, de acordo com dados da B3 (B3SA3).

Além disso, participantes do mercado também têm atrelado a performance a uma rotação nos portfólios para ações de ‘valor’ e ‘cíclicas’, em detrimento dos papéis de ‘crescimento’.

Na visão do sócio da Manchester Investimentos, Eduardo Cubas Pereira, houve realização de lucros em papéis que subiram mais recentemente, como bancos e Petrobras, mas outras ações também com peso relevante no Ibovespa subiram, contrabalançando a pressão vendedora.

Ele não descarta algumas distorções de preços em razão da baixa liquidez, bem como algum movimento de realização mais forte nas próximas semanas, dados os riscos ainda presentes no horizonte, tanto do ponto de vista local como externo.

“Novembro está mais positivo do que nós esperávamos”, afirmou, citando, o risco de uma segunda onda de infecções pelo coronavírus como principal preocupação do ponto de vista global, além de incertezas ainda sobre a agenda reformas no país.

“Há riscos relevantes”, acrescentou o executivo da Manchester Investimentos, escritório associado à XP, com cerca de 8 bilhões de reais em ativos sob custódia.

Destaques

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) recuaram 1,64% e 1,54%, respectivamente após divulgação de plano estratégico para 2021-2025, que reduz o investimento de cinco anos em 27%, a 55 bilhões de dólares, para preservar o caixa.

O Bradesco BBI avaliou que o plano foi um pouco decepcionante em termos de produção e também em termos de meta de alavancagem.

Suzano (SUZB3) avançou 5,68%, refletindo, na visão de analistas do BTG Pactual (BPAC11), uma tentativa de recuperar o tempo perdido, dado o cenário otimista para commodities em 2021 e o fato de as ações da fabricante de papel e celulose não ter acompanhando o recente rali das empresas de matérias-primas.

Klabin (KLBN11) subiu 2,79%.

Braskem (BRKM5) caiu 1,59%, após estimar em 3 bilhões de reais custos e despesas adicionais para a implementação de medidas definidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) para encerramento das atividades de extração de sal em Maceió (AL), incluindo fechamento de minas e preenchimento com material sólido de determinados poços de extração de sal.

Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu 2,11%, com agentes financeiros embolsando ganhos recentes, o que também pesou em Bradesco (BBDC4), que recuou 1,62%. No mês, esses papéis ainda acumulam valorização de 22,5% e 23,3%, respectivamente.

Vale (VALE3) fechou em alta de 1,42%, com o setor de mineração e siderurgia mantendo a trajetória positiva, dado o prognóstico de novos aumentos de preços e de volumes, com destaque para Usiminas (USIM5), que avançou 4,04%, e CSN (CSNA3), que subiu 4,53%.

Gerdau (GGBR4) encerrou com elevação de 1,91%.

OI (OIBR3), que não está no Ibovespa, subiu 5,05%, após o Senado aprovar mudanças na Lei de Falências e recuperação judicial, o que na visão do BTG Pactual beneficia a operadora, pois deve reduzir o tamanho da dívida da companhia com a Anatel.

A Oi também levantou cerca de 1,4 bilhão de reais com a venda de torres de telefonia móvel e data centers.

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