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Ibovespa fecha quase estável após sobe-e-desce; BRF avança

08 dez 2020, 18:08 - atualizado em 08 dez 2020, 18:54
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Nós esperamos que o Ibovespa feche perto da casa dos 120 mil pontos neste ano ainda (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou quase estável nesta terça-feira, após trocar de sinal algumas vezes no pregão e ultrapassando os 114 mil pontos no melhor momento, com as ações da BRF (BRFS3) disparando após previsões otimistas para os próximos anos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,18%, a 113.793,06 pontos. Na máxima, chegou a 114.381,14 pontos. O volume financeiro somou 28,1 bilhões de reais.

Na visão do chefe da mesa de renda variável da EWZ Capital, Bruno Guimarães, há um clima de correção na bolsa brasileira, após cinco semanas de valorização relevante do Ibovespa, que “voou” dos 104 mil, 105 mil para a faixa de 113 mil pontos.

“É intuitivo”, afirmou, citando o risco fiscal no país como mais um componente endossando alguma cautela. Ele ressaltou, contudo, que indicadores técnicos ainda mostram tendência de alta clara no gráfico e há papéis com espaço para subir mais.

Guimarães não descarta a bolsa sofrer uma “chacoalhada” no curto prazo em meio a movimento de realização de lucros, mas pondera que deve ser pequeno e que a sua percepção é de que o viés de alta continua para o final de 2020.

“Nós esperamos que o Ibovespa feche perto da casa dos 120 mil pontos neste ano ainda”, afirmou.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta, em parte devido a um impulso do segmento de saúde, com notícias positivas sobre vacinas contra a Covid-19, enquanto incerteza em torno de um novo estímulo fiscal limitou os ganhos.

A terça-feira também foi marcada pela precificação da oferta ações da Rede D’Or São Luiz, que saiu a 57,92 reais por papel, segundo fontes ouvidas pela Reuters, no maior IPO no país desde 2013.

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Destaques

Brf (BRFS3) saltou 8,69%, em meio à divulgação de plano de crescimento de 10 anos, quando prevê investimentos de 55 bilhões de reais, com receita líquida alcançando 100 bilhões de reais e Ebitda crescendo mais do que 3,5 vezes.

Eletrobras (ELET3) e Eletrobras (ELET5) avançaram 5,92% e 4,99%, respectivamente.

O BTG Pactual (BPAC11) iniciou a cobertura da estatal com recomendação de “compra” e preço-alvo de 57 reais para as ONs e de 63 reais para as PNBs.

Magazine Luiza (MGLU3) subiu 4,83%, em sessão sem direção comum no setor de varejo online no Ibovespa, com Via Varejo (VVAR3) valorizando-se 1,55%, enquanto B2W (BTOW3) caiu 0,33%.

Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu fôlego e fechou em baixa de 0,26%, enquanto Bradesco (BBDC4) recuou 1,19%.

Vale (VALE3) terminou com variação negativa de 0,06%, com papéis de mineração e siderurgia fechando no vermelho, com destaque para Usiminas (USIM5), que recuou 4,29%.

Petrobras (PETR4) caiu 1,26% e Petrobras (PETR3)recuou 0,87%, enfraquecendo o Ibovespa, em sessão sem tendência única dos contratos futuros de petróleo no exterior.

Suzano (SUZB3) subiu apenas 0,15%, mesmo após anúncio de aumento de preços de celulose a clientes do Sudeste Asiático e Oriente Médio, para 550 dólares a tonelada.

No setor, Klabin (KLBN11) fechou estável.

Embraer (EMBR3) fechou em baixa de 2,03%, em meio a movimentos de realização de lucros após acumular alta de 15,7% nos cinco primeiros pregões de dezembro.

No ano, a ação da companhia aérea ainda recua mais de 50%.