Ibovespa fecha com queda discreta em dia cheio de balanços e Minerva dispara no final
A bolsa paulista fechou com o Ibovespa (IBOV) quase estável nesta quarta-feira, em meio a uma nova bateria de resultados corporativos, com investidores também atentos a desdobramentos relacionados à nova etapa da reforma tributária.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,12%, a 122.056,34 pontos, tendo recuado a 120.826,92 pontos na mínima e avançado a 122.755,97 pontos na máxima do dia.
O volume financeiro no pregão somou 28,8 bilhões de reais.
Na visão do gestor de renda variável da Western Asset Cesar Mikail, o desempenho do dia mostrou agentes financeiros conferindo balanços de empresas e os guidances das empresas.
“Amanhã, ainda tem uma leva de resultados importantes e o mercado vai digerindo como estão os números”, acrescentou.
Entre as empresas que divulgam balanços ainda nesta quarta-feira, estão JBS, Suzano, B3, Eletrobras e Ultrapar.
Na quinta-feira, a maior parte dos resultados está agendada para após o fechamento, incluindo BRF, Magazine Luiza, Lojas Renner, Natura&Co, Sabesp, CCR e Cyrela.
Destaques
Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,11% e Bradesco (BBDC4) avançou 0,39%.
Analistas do BTG Pactual (BPAC11) afirmaram que o feedback dos bancos sob sua cobertura é de que o efeito da reforma será mínimo nos lucros, uma vez que o fim do benefício fiscal via juros sobre capital próprio será compensado por um IR menor.
No setor, Banco Inter (BIDI11) caiu 3,7% antes do balanço aguardado para após o fechamento da bolsa.
Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) valorizaram-se 1,38% e 1,56%, respectivamente, após melhora das cotações do petróleo no exterior, com o Brent fechando em alta de 1,15%.
A companhia também anunciou que elevará o preço da gasolina nas refinarias em cerca de 3,5% a partir de quinta-feira.
Minerva (BEEF3) disparou 14,65%, ganhando fôlego no final do pregão, após reportagem publicada pelo Valor Econômico, sem citar fontes, de que s controladores da companhia começaram a discutir a possibilidade fechar o capital da empresa.
Copel (CPLE6) ganhou 1,98%, ampliando os ganhos em agosto antes da divulgação do balanço.
Na véspera, a companhia de energia do Paraná disse que o governo do Estado quitou o saldo da Conta de Resultados a Compensar junto à empresa, de 1,4 bilhão de reais. Ainda, a Casa dos Ventos fechou dois contratos com Copel para compra e venda de energia.
Qualicorp (QUAL3) despencou 15,57%, tocando no pior momento uma mínima intradia desde maio do ano passado, a 20,55 reais.
A empresa divulgou na noite da véspera balanço do segundo trimestre mostrando piora no resultado – lucro, Ebitda e margem.
Analistas do Safra cortaram a recomendação das ações para ‘neutra’ após os dados, avaliando que foi outro trimestre fraco e que as perspectivas são incertas.
Yduqs (YDUQ3) caiu 4,89% antes do balanço do segundo trimestre, previsto para esta noite.
A XP Investimentos espera que o desempenho positivo dos segmentos premium e de ensino a distância compensem a pressão da divisão presencial, mas preveem pressão de margem devido a maiores despesas de marketing, visto que o ciclo de captação em 2021 foi mais longo do que o normal.
BR Distribuidora (BRDT3) caiu 3,36%, mesmo após dobrar o lucro no segundo trimestre. No radar do setor, além do aumento de gasolina pela Petrobras, o governo editou medida provisória que permitirá que produtores ou importadores de etanol hidratado possam vendê-lo diretamente com os postos.
Ultrapar (UGPA3) caiu 0,23% e Cosan (CSAN3) cedeu 0,04%.
RD (RADL3) perdeu 3,98%, mesmo com forte alta do lucro trimestral, que refletiu expansão das receitas sobre uma baixa base de comparação e efeitos extraordinários.
Vale (VALE3) cedeu 0,72%, mesmo em dia de alta dos contratos futuros do minério de ferro na China, bem como dos futuros do aço em meio a temores relacionados à oferta.
No setor, Gerdau (GGBR4) avançou 1,07%.