Mercados

Ibovespa fecha no azul com BTG entre suportes, mas Petrobras e Vale limitam alta

09 ago 2021, 17:14 - atualizado em 09 ago 2021, 17:47
BTG Pactual
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,17%, a 123.019,38 pontos (Imagem: Reprodução/ BTG Youtube)

O Ibovespa (IBOV) fechou com uma alta discreta nesta segunda-feira, tendo BTG Pactual (BPAC11) entre os principais suportes antes de balanço, enquanto Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) pesaram negativamente na esteira do declínio dos preços do petróleo e do minério de ferro.

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,17%, a 123.019,38 pontos, após ter chegado a cair a 122.258,47 pontos. Na máxima, avançou a 123.597,30 pontos. O volume financeiro no pregão somou 25,3 bilhões de reais.

Para o analista da Clear Corretora Rafael Ribeiro, o desempenho também foi favorecido pela fala do ministro da Cidadania, João Roma, descartando possibilidade de o reajuste do benefício do novo Bolsa Família superar o teto de gastos.

“Queremos avançar na eficácia e valor médio do programa, mas temos que agir de acordo com a responsabilidade fiscal para que não haja desequilíbrio nas finanças”, disse Roma em entrevista coletiva, após o governo entregar ao Congresso medida provisória com as propostas de mudanças no programa.

De acordo com Ribeiro, a fala trouxe certo alívio para a curva de juros o que tende a reverberar positivamente na bolsa paulista. “Mas os investidores seguem de olho em como será resolvido esse impasse, afinal de contas o valor do novo benefício será definido somente no final do ano pelo governo.”

Agentes também seguiram atentos à temporada de balanços corporativos, com a agenda desta segunda-feira incluindo os números de Minerva, Iguatemi e Itaúsa após o fechamento. Klabin e BTG divulgam seus números na terça-feira cedo.

No exterior, Wall Street fechou sem sinal único, com o Nasdaq Composite no azul, mas o Dow Jones e o S&P 500 em baixa após máximas históricas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Destaques

BTG Pactual (BPAC11) avançou 3,92% antes da divulgação do resultado, na terça-feira pela manhã.

O Safra estimou que o banco terá mais um trimestre forte na maioria das unidades de negócios, em razão do ambiente positivo do mercado de capitais brasileiro.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,17%, corroborando o fechamento positivo do Ibovespa, mas Bradesco (BBDC4) terminou com variação negativa de 0,04%.

Minerva (BEEF3) valorizou-se 4% antes do balanço do segundo trimestre, previsto para esta noite, com o setor de proteínas na ponta positiva.

Analistas do BTG Pactual esperam crescimento da receita, mas queda em margens, por causa do cenário desfavorável do custo do gado e da sazonalidade.

Vale (VALE3) caiu 0,63% na esteira da queda dos contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian e Cingapura. Os preços ampliaram as perdas da semana passada, pressionados por perspectivas de aumento de oferta e enfraquecimento da demanda chinesa.

Petrobras (PETR4) recuou 0,7% afetada pela forte queda dos preços do petróleo no mercado externo, refletindo a alta do dólar e receios de que mais restrições devido à Covid-19 na Ásia, especialmente na China, desacelerem a retomada global na demanda por combustível. O Brent caiu 2,35%, a 69,04 dólares o barril.

Klabin (KLBN11)  avançou 2,74%, tendo no radar balanço do segundo trimestre, na terça-feira, antes da abertura da B3.

Analistas esperam lucro líquido de 1,455 bilhão de reais e Ebitda de 1,777 bilhão de reais, segundo a média das projeções compiladas pela Refinitiv.

No setor de papel e celulose, Suzano (SUZB3) subiu 3,81%.

M.DIAS Branco (MDIA3), que não está no Ibovespa, subiu 1,11%, revertendo fraqueza da manhã, após a fabricante de massas e biscoitos reportar na sexta-feira queda no lucro do segundo trimestre, para 142,3 milhões de reais, embora tenha projetado um segundo semestre de vendas mais fortes, impulsionadas pelo aquecimento no consumo.

Viveo (VVEO3) disparou 9,44% em estreia na B3, após a distribuidora de produtos médicos precificar oferta inicial de ações (IPO), que avaliou a empresa em 5,7 bilhões de reais.