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Ibovespa fecha em ritmo comedido à espera de catalisadores

09 dez 2019, 18:17 - atualizado em 09 dez 2019, 19:03
B3 Mercados
O Ibovespa cedeu 0,17%, a 110.934,07 pontos (Imagem: B3/Youtube)

O Ibovespa fechou em leve queda nesta segunda-feira, após uma semana de recordes, refletindo de ajustes de posições antes de potenciais catalisadores, como novos desdobramentos das negociações comerciais entre norte-americanos e chineses e decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,17%, a 110.934,07 pontos, segundo dados preliminares. O volume financeiro da sessão alcançava 16,2 bilhões de reais.

O embate comercial EUA-China, que tem adicionado volatilidade aos negócios há cerca de um ano, tem uma semana decisiva, dado o iminente aumento de tarifas norte-americanas sobre produtos chineses a partir do dia 15.

Para o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, no curto-prazo, a direção da guerra comercial será o principal vetor para determinar a dinâmica dos ativos de risco, conforme nota a clientes mais cedo.

Também o Federal Reserve e o Banco Central no Brasil anunciam nesta semana decisões sobre taxas de juros, com as atenções também voltadas para os comunicados que acompanham as respectivas decisões, com investidores em busca de sinais sobre os próximos passos das autoridades monetárias;

“Investidores esperam potenciais catalisadores”, afirmou a equipe da XP Investimentos, em nota a clientes, acrescentando que espera manutenção dos juros pelo Fed e corte na taxa Selic para sua nova mínima histórica, a 4,50%.

Na avaliação de um gestor de portfólio da asset de um banco estrangeiro em São Paulo, há expectativa de um desfecho favorável a ativos de risco das decisões de juros, sendo a questão comercial mais preocupante, uma vez que os personagens envolvidos são erráticos nas decisões.

Destaques

Smiles (SMLS3) disparou 19,7%, após a controladora, a companhia aérea Gol propor uma reestruturação societária que prevê a incorporação dos papéis da empresa de fidelidade de clientes, com prêmio de cerca de 25% ante o fechamento de sexta-feira. Gol (GOLL4) subiu 1,75%.

Vale (VALE3) avançou 0,18%, perdendo força apesar da forte alta dos preços do minério de ferro na China, que apoiava também papéis de mineradoras na Europa. No setor de siderurgia e mineração, CSN (CSNA3) caiu 1,28%, Usiminas (USIM5)recuou 3,3% e Gerdau (GGBR4)cedeu 2,4%.

BTG Pactual (BPAC11) subiu 2,37%, nova máxima, conforme agentes financeiros veem os papéis como melhor veículo para se anteciparem ao IPO da XP Investimentos, que deve ser precificado na terça-feira.

Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou-se 1,95%, tendo de pano de fundo o IPO da XP, da qual o banco detém participação relevante. No setor, Bradesco (BBDC4) subiu 0,85% e Banco do Brasil (BBAS3) ganhou 0,31%, enquanto Santander (SANB11) cedeu 0,38%.

Notre Dame recuou 3,5%, após alta de mais de 7% acumulada na semana passada. A operadora de saúde precifica na quarta-feira oferta de até 87,75 milhões de ações com esforços restritos.

Petrobras  (PETR3) cedeu 0,46% e Petrobras (PETR4) fechou em alta de 0,5%, conforme os preços do petróleo reduziram as perdas no mercado externo.

JBS (JBSS3) caiu 3,35%, tendo no radar novamente notícias sobre possível reestruturação da companhia, com vistas para uma aguardada oferta de ações nos Estados Unidos. Marfrig (MRFG3) perdeu 2,1% após anúncio de oferta de ações que espera precificar em 17 de dezembro.

CCR (CCRO3) avançou 2,41%, entre as maiores altas. O Credit Suisse reiterou recomendação ‘outperform’ para a ação e elevou o preço-alvo a 20 reais, de 12,50 reais anteriormente.

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