Ibovespa fecha em queda sem fôlego para renovar máxima histórica
O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta terça-feira, sem fôlego para superar os 125 mil pontos, diante da ausência de novos catalisadores e do desempenho modesto em Wall Street, com Banco Inter (BIDI11) capitaneando as perdas após disparar na véspera.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,84%, a 122.987,71 pontos, após ter chegado a 124.695,53 pontos no melhor momento do pregão.
Tal performance adiou mais uma vez a chance do Ibovespa renovar máximas históricas registradas no começo do ano – de 125.076,63 pontos para o fechamento e 125.323,53 no intradia, ambos atingidos em 8 de janeiro.
O volume financeiro nesta sessão somou 28 bilhões de reais.
O analista da Clear, Rafael Ribeiro, ainda destacou a continuidade da correção de ações ligadas a commodities metálicas, “mais uma vez destaque de baixa do pregão”, por receios por novas medidas da China para controlar preços
Destaques
Banco Inter (BIDI11) caiu 6,97% após fechar em alta de quase 25% na véspera, após o banco digital anunciar planos para listagem de papéis na Nasdaq e uma oferta de ações no Brasil em que a StoneCo vai investir até 2,5 bilhões de reais, equivalentes a até 4,99% do capital social do Inter.
Vale (VALE3) recuou 2,49%, com o setor de mineração e siderurgia no vermelho, em meio à fraqueza do minério de ferro na China. O país, maior consumidor de metais, prometeu fortalecer controles de preços de materiais chave nos próximos cinco anos, incluindo minério de ferro.
Azul (AZUL4) fechou com elevação de 4,11%, após a empresa anunciar que contratou consultores para estudar oportunidades de consolidação na indústria e encerrar acordo de codeshare com a Latam Airlines Brasil.
A rival Gol (GOLL4) valorizou-se 2,88%.
Petrobras (PETR4) recuou 2,08%, em sessão de variações contidas dos preços do petróleo no exterior.
Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 1,05% e Bradesco (BBDC4) recuou 0,5%, com ruídos envolvendo o fim dos juros sobre capital próprio pesando no setor.
De acordo com o Valor Econômico, o Ministério da Economia tem pronta proposta para acabar com o mecanismo, opção que as empresas usam para distribuir recursos aos acionistas e que reduz o Imposto de Renda a pagar sobre o lucro.
Cielo (CIEL3) avançou 7,63%, com a Clear Corretora chamando atenção para a notícia do site Neofeed que afirmou que a Alelo, empresa de benefícios corporativos, vai entrar no segmento de adquirência e montar um superapp. “Tal notícia trouxe a possibilidade de futura cisão dos sócios da Cielo”, afirmou em comentários a clientes.
À Reuters, a Alelo informou que desenvolveu sua plataforma internamente para uso próprio, que não será disponibilizada para terceiros e que a empresa seguirá utilizando a maquininha das credenciadoras.