Mercados

Ibovespa fecha em queda com Vale, mas salto de BRF atenua perda

21 maio 2021, 17:13 - atualizado em 21 maio 2021, 18:10
STORY - Unidade da BRF em Curitiba
Os valores de fechamento são preliminares, antes do ajuste de fechamento (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O Ibovespa (IBOV) fechou em leve baixa nesta sexta-feira, mas assegurou sinal positivo no acumulado de uma semana marcada por volatilidade e novas máximas desde janeiro.

Mas, na ausência de novos catalisadores externos e domésticos, o índice de referência do mercado acionário brasileiro não conseguiu se sustentar acima dos 123 mil pontos, que chegou a ultrapassar na segunda e na terça-feira.

Para o diretor de investimentos da BS2 Asset, Mauro Orefice, o mercado acabou se movimentando nessa semana mais por questões técnicas do que propriamente fatos novos.

Ele atrelou boa parte da volatilidade nessa semana principalmente à ata do banco central dos Estados Unidos e ao forte recuo nas cotações de criptomoedas, mas também destacou a correção nos preços do minério de ferro na China.

A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, no dia 19, mostrou que “algumas” autoridades do BC norte-americano parecem prontas para começar a avaliar mudanças na política monetária dos EUA.

A preocupação principal nos mercados, acrescentou o gestor de renda variável da Western Asset Cesar Mikail, é com a inflação e se o Fed poderia antecipar aumento de juros. “E a ata deu sinais de que ele vai estar olhando isso de perto”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, os membros do Fed prometeram manter a política monetária ultrafrouxa, apostando que o salto inesperado dos preços ao consumidor no mês passado se deve a forças temporárias que vão enfraquecer sozinhas.

No caso das moedas digitais, o bitcoin atingiu 30.066 dólares na mínima da semana, em meio ao aumento de restrições chinesas para o uso de criptomoedas, com o mercado ainda ressabiado pelas recentes declarações de Elon Musk.

Ainda no exterior, os futuros do minério de ferro da Ásia tiveram a maior queda semanal desde março, com a China intensificando esforços para esfriar a forte recuperação dos preços de commodities impulsionada pela demanda.

Em meio à forte volatilidade no exterior, o ambiente político doméstico marcado pelos desdobramentos da CPI da Covid ficou à margem, embora seja apontado como um dos impeditivos para novos recordes no mercado acionário brasileiro.

“Para destravar o Ibovespa e avançarmos ao topo de janeiro, as reformas tributária e administrativa precisam ganhar agilidade e o Congresso avançar textos e votações dos projetos”, disse o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa caiu 0,09%, a 122.592,47 pontos, mas acumulou alta de 0,58% na semana. Em maio, avança 3,11%. No ano, sobe 2,92%.

Maiores baixas do Ibovespa no dia

Maiores altas do Ibovespa no dia

O índice Small Caps recuou 0,69%, a 2.964,11 pontos, mas com alta de 0,86% na semana e de 1,51% no mês. Em 2021, avança 5%.

O volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 32,26 bilhões de reais.

Destaques do Ibovespa do Acumulado do Mês:

BRF (BRFS3) sobe 29,53%, tendo ganhado fôlego nessa última semana, quando valorizou-se 28,79% – melhor desempenho semanal percentual desde 2004. A processadora de carne bovina Marfrig tem comprado ações da BRF disse à Reuters uma fonte com conhecimento da situação.

Ambev (ABEV3) avança 17,87%, ainda embalada pelos números do primeiro trimestre, quando a fabricante de bebidas mais do que dobrou o lucro e teve alta surpreendente das receitas.

Executivos da companhia também afirmaram que a meta agora é recuperação de margens.

Iguatemi (IGTA3) ON valoriza-se 17,85%, em meio a perspectivas otimistas de reabertura da economia e após resultado mais cedo no mês que mostrou salto no lucro líquido do primeiro trimestre (+220%).

Banco Inter (BIDI11) cai 22,80% ainda sofrendo com realização de lucros após renovar no último dia 3 máximas recordes. Nessa semana, anunciou parceria com o ABC Brasil e desdobramento de ações.

Locaweb (LWSA3) perde 20,23%, também em movimentos de correção, em mês marcado pelo balanço do primeiro trimestre, com prejuízo de 8,4 milhões de reais, piora ante o mesmo período de 2020, mas alta no Ebitda e na receita operacional líquida.

B2W (BTOW3) recua 16,82%, com balanço nesse mês mostrando aumento do prejuízo diante de maiores subsídios para frete grátis. Investidores seguem analisando a fusão da companhia com a sua controladora Lojas Americanas.

Veja o comportamento dos principais índices setoriais na B3 no acumulado do mês:

– Índice financeiro: +4,36%

– Índice de consumo: +3,07%

– Índice de Energia Elétrica: +3,11%

– Índice de materiais básicos: -2,77%

– Índice do setor industrial: +1,77%

– Índice imobiliário: +2,77%

– Índice de utilidade pública: +4,74%

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