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Ibovespa fecha em queda com realização de lucros após superar 114 mil pontos

07 dez 2020, 18:26 - atualizado em 07 dez 2020, 18:52
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,14%, a 113.589,77 pontos (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) fechou com queda discreta nesta segunda-feira, reflexo de realização de lucros, após voltar superar os 114 mil pontos nesta sessão pela primeira vez desde fevereiro, na esteira de cinco semanas seguidas de valorização.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,14%, a 113.589,77 pontos, tendo tocado 114.531,04 pontos na máxima da sessão e 112.629,18 pontos no pior momento. O volume financeiro somou 30 bilhões de reais.

A queda teve como pano de fundo a fraqueza dos norte-americanos S&P 500 (SPX) e Dow Jones (DJI), bem como o recuo dos preços do petróleo, e vem após o Ibovespa acumular elevação de 21% na maior série de ganhos semanais no ano.

Novos ruídos envolvendo o cenário fiscal brasileiro também foram citados por operadores como argumento para as vendas na bolsa brasileira, após sinais considerados mais positivos em relação às contas públicas na semana passada.

Antes do fechamento, porém, o Ministério da Economia publicou nota reiterando ser contra qualquer proposta que trate da flexibilização do teto de gastos, mesmo que temporária, o que ajudou a tirar o Ibovespa das mínimas.

Na visão de operador e líder de renda variável da BlueTrade, Patrick Johnston de Oliveira, expectativas atreladas a vacinas contra a Covid-19 e a uma recuperação mais rápida das economias têm apoiado bolsas no mundo.

No Brasil, acrescentou, apesar de o Ibovespa estar cada dia mais perto da máxima histórica registrada em janeiro, ainda está bastante distante do recorde em dólar.

“Isso pode ainda impulsionar o Ibovespa a fechar mais pregões em alta seguindo essa tendência até o final deste mês”, afirmou, ponderando que eventos atrelados ao Brexit e às relações EUA/China podem ter reflexos na bolsa brasileira.

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Destaques

Petrobras (PETR4) recuou 1,93%, na esteira da queda dos preços do petróleo, com o Brent fechando em baixa de 0,9%.

A companhia divulgou nesta segunda-feira que sua diretoria executiva aprovou uma nova rodada de ofertas vinculantes dentro do processo de desinvestimento do Polo Urucu.

Cosan (CSAN3) caiu 5,95%, entre as maiores quedas, enquanto agentes financeiros analisam detalhes da reestruturação corporativa do grupo, que prevê a incorporações de Cosan Log – dona da Rumo – e Cosan Limited.

Rumo (RAIL3) perdeu 3,2%.

Vale (VALE3) subiu 1,18%, com o setor de mineração e siderurgia no azul, com destaque para Usiminas (USIM5), que avançou 3,14%, na esteira de aumento nas vendas de veículos em novembro ante outubro, segundo a Anfavea, embora a produção tenha desacelerado na mesma base de comparação.

Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou-se 0,59% e Bradesco (BBDC4) fechou em alta de 0,66%, mas distantes das máximas da sessão.

Gol (GOLL4) avançou 3,29%, após nova proposta para incorporar a Smiles, com a ação da empresa de programa de fidelidade de clientes fechando em alta de 0,55%.

A companhia aérea também divulgou que novembro foi o primeiro mês com geração líquida de caixa desde o começo da crise e que espera saldo positivo também em dezembro.