Ibovespa fecha em queda com bancos, mas reação de Petrobras e disparada de Cielo reduzem perda
O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta segunda-feira, pressionado pelas ações da bancos, mas distante das mínimas da sessão em meio à recuperação dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), acompanhando a melhora dos preços do petróleo no exterior e à disparada das ações da Cielo (CIEL3) após acordo com o Facebook.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa teve baixa de 0,45%, a 92.375,52 pontos.
O volume financeiro alcançou 42,7 bilhões de reais, amplificado pelo exercício de opções sobre ações e cotas de ETFs na primeira etapa da sessão, que movimentou 11,16 bilhões de reais, dos quais 7,35 bilhões de reais em opções de compra e 3,81 bilhões de reais em opções de venda.
Mais cedo, o Ibovespa chegou a recuar 2,85%, pressionado pela aversão a risco no exterior por preocupações com o risco de uma nova onda de contágio do novo coronavírus, após relatos de crescimentos de casos em meio à reaberturas de economias.
Após o término do exercício de opções e com Wall Street passando para o território positivo, contudo, o Ibovespa chegou a superar os 93 mil pontos na máxima, em alta de 0,3%. Mas reduziu o fôlego novamente, conforme Nova York também arrefeceu.
O S&P 500 subiu 0,8%, após anúncio do banco central dos EUA sobre seu programa de compra de títulos corporativos que impulsionou a confiança dos investidores.
De acordo com Bruno Madruga, chefe de renda variável e sócio da Monte Bravo Investimentos, a bolsa paulista acompanhou o tom do mercado norte-americano.
No Brasil, ele destacou a notícia de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, escolheu Bruno Funchal para assumir a Secretaria do Tesouro.
“O mercado vê o nome com bons olhos.” Atual diretor de Programas na secretaria Especial da Fazenda do ministério, Funchal ocupará o lugar de Mansueto Almeida, em transição que deve ocorrer até 31 de julho.
Destaques
– Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 2,34%, com o setor de bancos pesando no Ibovespa, embora se afastando das mínimas. Bradesco (BBDC4) perdeu 2,22%, Banco do Brasil (BBAS3) cedeu 0,84% e Santander (SANB11) recuou 2,07%. O Goldman Sachs reduziu projeções para o setor e cortou a recomendação de Itaú para ‘neutra’ e de Santander Brasil para ‘venda’, mantendo ‘compra’ para Bradesco e Banco do Brasil.
– Cielo (CIEL3) fechou em alta de 14%, após o WhatsApp, do Facebook, lançar um sistema de pagamento digital no Brasil em parceria com a empresa de cartões e outras instituições financeiras. Na máxima, chegou a subir 34,7%. No mercado norte-americano, Stone (STNE) e PagSeguro (PAGS) recuaram 0,1% e 2,5%, respectivamente.
– Vale (VALE3) avançou 0,9%, também mostrando melhora em relação à abertura, com os futuros do minério de ferro na China fechando estáveis, após queda nos estoques da matéria-prima nos portos que apoiou os preços.
– Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) subiram 0,49% e 0,38%, nesta ordem, abandonando a fraqueza do começo da sessão conforme os preços do petróleo no mercado externo mudaram de direção e fecharam em alta, com sinais de que a demanda de combustível estava se recuperando, enquanto membros da Opep+ estavam cumprindo um acordo de corte de produção. O Brent fechou em alta de 2,56%.
– IRB (IRBR3) caiu 9,92%, no terceiro pregão seguido de perdas, antes do balanço trimestral, previsto para quinta-feira. O papel tem a maior perda do índice em 2020 em meio a uma série de revezes envolvendo a resseguradora.
– Embraer (EMBR3) perdeu 2,72%. A fabricante de aviões disse nesta segunda-feira que o chefe de sua unidade de aviação comercial, John Slattery, deixará a empresa para ser presidente da GE Aviation, semanas após o fracasso do acordo de 4,2 bilhões de dólares para vender a divisão para a Boeing em abril. A S&P cortou o rating da Embraer para ‘BB+’ de ‘BBB-‘.
– Via Varejo (VVAR3) fechou em alta de 6,69%. A dona das redes Ponto Frio e Casas Bahia precifica nesta segunda-feira uma oferta primária de ações bilionária, com esforços restritos, cujos recursos serão usados para investimento em logística e na melhoria da estrutura de capital.