Ibovespa fecha em queda com bancos e Petrobras, mas tem semana positiva
O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado pelo declínio de ações da Petrobras (PETR4) e de bancos, sem conseguir acompanhar o viés mais positivo em Wall Street, enquanto CSN (CSNA3) abriu a temporada de balanços com lucro bilionário.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,75%, a 98.309,12 pontos.
Na semana, porém, o Ibovespa acumulou alta de 0,85%.
No exterior, o noticiário mais positivo sobre vacina contra a Covid-19, com a Pfizer afirmando que pode solicitar aprovação para o uso emergencial de sua vacina em novembro, amparou Wall Street, que ainda reagiu a dados de varejo dos EUA.
Para o gerente da área de pesquisa da Ativa Investimentos, Pedro Serra, o anúncio da Pfizer e dos dados norte-americanos animaram os mercados.
As vendas no varejo dos EUA saltaram 1,9% em setembro, após um ganho não revisado de 0,6% em agosto, disse o Departamento de Comércio. Economistas ouvidos pela Reuters previam aumento de 0,7% nas vendas no varejo em setembro.
No Brasil, segundo ele, o desempenho mais fraco do Ibovespa repercutiu temores acerca do quadro fiscal, além das pressões das ações de bancos e da Petrobras.
Destaques
Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) recuaram 2,13% e 2,48%, respectivamente, com fraqueza do petróleo no exterior.
A companhia disse que, diante do cenário da Covid-19, o Projeto Integrado do Parque das Baleias será postergado em cerca de um ano, começando a produzir em 2024.
Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) caíram 1,62% e 1,98%, respectivamente, com o setor bancário do Ibovespa em baixa.
CSN (CSNA3) subiu 0,41%, após renovar mais cedo maior cotação intradia desde janeiro de 2011, a 20,22 reais, em alta de quase 4%.
A empresa divulgou na véspera Ebitda ajustado de 3,5 bilhões de reais no terceiro trimestre. A ação vinha de três altas seguidas, período em que subiu 9,5%.
Usiminas (USIM5) avançou 4,33%, na esteira do forte resultado da CSN, além de perspectivas de novos reajustes de preços no setor de aço.
No setor de mineração e siderurgia, Gerdau (GGBR4) valorizou-se 0,66%, enquanto Vale (VALE3) encerrou com decréscimo de 0,37%.
Suzano (SUZB3) valorizou-se 4,61%, com analistas citando reportagem da Risi sobre um dominante fornecedor de celulose da América do Sul ter elevado em 20 dólares por tonelada o preço de celulose branqueada de fibra curta.
Klabin (KLBN11) subiu 3,99%, também reagindo a novos desdobramentos ligados a incorporação da Sogemar.
Cogna (COGN3) recuou 4,17%, renovando cotação mínima desde maio, com Yduqs (YDUQ3) caindo 3,3%.