Ibovespa fecha em alta e retorna 124 mil pontos
O fluxo externo voltou a prevalecer na B3 (B3SA3) nesta terça-feira, com investidores escolhendo ações vistas ainda como baratas, fazendo o Ibovespa (IBOV) se recuperar parcialmente das perdas da véspera.
Fortalecido principalmente por ações ligadas ao mercado doméstico, o principal índice acionário brasileiro fechou em alta de 0,6%, aos 123.998,00 pontos. O giro financeiro da sessão somou 33,6 bilhões de reais.
Depois de o Ibovespa ter caído 1,46% na véspera, num dia de realização de lucros na sequência de dois recordes seguidos, profissionais dos mercado citaram a predominância das apostas mais positivas para o médio prazo, diante da leitura de que políticas monetárias frouxas pelo mundo seguirão pautando a migração de recursos para ativos de maior risco.
Nesse sentido, a B3 (B3SA3) divulgou nesta terça-feira que o fluxo de recursos de não residentes para a bolsa paulista só nas primeiras cinco sessões de 2021 foi de 10,7 bilhões de reais.
Apesar da preocupação diante do avanço da Covid-19 em várias partes do globo, o investidor se mantém otimista diante do desenvolvimento de vacinas e da iminência de novos estímulos fiscais nos EUA”, afirmou a SulAmérica em nota a clientes.
Destaques
Embraer (EMBR3) subiu 7,9%, liderando os ganhos do índice, numa sessão positiva para o setor aéreo.
Gol (GOLL4) ganhou 3,94%, enquanto Azul (AZUL4) evoluiu 3,5%. Ambas tiveram o preço-alvo de suas ADRs elevado nesta terça-feira pelo Deutsche Bank.
Hapvida (HAPV3) perdeu 2,64%, numa pausa após ter escalado mais de 27% nas últimas duas sessões na sequência do anúncio dos planos de fusão com a rival Notre Dame Intermédica (GNDI3), que recuou 2,74%, após disparada de 40% desde sexta-feira.
Copel (CPLE3) cedeu 3,23%, estendendo perdas da véspera diante de crescentes temores com a governança, após a companhia ter anunciado na sexta-feira que avaliará distribuir dividendos extraordinários após um pedido do controlador, o governo do Paraná, de proventos “no maior valor possível” em 2021.
Petrobras (PETR4) caiu 0,75%, mesmo diante da alta do petróleo no exterior, com investidores preferindo vender o papel para embolsar ganhos recentes e comprar papéis de outros setores considerados mais ‘atrasados’. Desde o início de novembro até a última sexta-feira, a ação já subiu 64%.
Vale (VALE3) teve o mesmo destino, caindo 2,74%, após ter escalado 68% desde o começo de novembro. O movimento também atingiu outras empresas de metais, incluindo Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), com quedas de 1,4% e 2,76%, respectivamente.