Mercados

Ibovespa fecha em alta e renova máxima com ajuda de Petrobras

05 dez 2019, 18:48 - atualizado em 05 dez 2019, 18:49
O Ibovespa fechou em alta de 0,29%, a 110.622,27 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista manteve o viés positivo nesta quinta-feira, com o Ibovespa subindo pelo quarto pregão seguido e chegando a superar os 111 mil pontos pela primeira vez, ajudado principalmente pelo avanço das ações da Petrobras (PETR4).

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 0,29%, a 110.622,27 pontos, renovando máxima histórica. No melhor momento da sessão, alcançou 111.072,80 pontos, recorde intradia. O volume financeiro do pregão alcançou 17,57 bilhões de reais.

As ações brasileiras têm encontrado suporte em sinais de retomada da economia brasileira, que se consolidaram no resultado acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre nesta semana.

Economistas do Credit Suisse estimaram nesta quinta-feira que o cenário de reformas no país deve continuar nos próximos 2 anos, ajudando a proporcionar um ambiente de inflação e juros baixos, com crescimento mais forte da economia.

A nova máxima do Ibovespa ocorreu mesmo em uma sessão sem tendência firme em Wall Street, onde o S&P 500 fechou com variação positiva de 0,15%, na expectativa de novidades efetivas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Destaques

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) subiram 1,3% cada, ainda repercutindo evento da empresa com investidores na véspera. O analista Bruno Montanari, do Morgan Stanley, reiterou recomendação ‘overweight’, destacando que a companhia discutiu as prioridades de alocação de capital para os próximos anos, enquanto trabalha para tornar a empresa mais eficiente, com esforços contínuos no gerenciamento de portfólio. Ele disse que o foco está no ponto de virada para dividendos maiores.

Cielo (CIEL3) valorizou-se 5,21%, mesmo após relatório do Bradesco BBI com recomendação ‘neutra’ para o papel, citando cautela com as perspectivas de médio prazo. Cielo figura entre as poucas ações do Ibovespa que acumulam perda em 2019. O analista Victor Schabbel ainda adotou recomendação ‘neutra’ para STONE, que registrou acréscimo de 0,05% em Nova York, e ‘underperfom’ para PagSeguro, que recuou 6% na bolsa norte-americana.

Bradespar (BRAP4) fechou em alta de 2,85%, após decisão judicial que julgou improcedente um pleito da Litel contra a companhia, na qual cobra 1,4 bilhão de reais paga pela Litel à Elétron, e que correspondeu a 50% da liquidação de uma sentença arbitral em litígio.

WEG (WEGE3) subiu 2,99%, a 32,77 reais, renovando cotação recorde, com a alta acumulada no ano alcançando quase 90%. Em relatório recente, após evento da empresa com analistas e investidores, os analistas do Credit Suisse destacaram que a administração da companhia transmitiu uma mensagem positiva em relação às oportunidades de crescimento a médio e longo prazos.

BB Seguiridade (BBSE3) avançou 1,63%. A XP Investimento destacou positivamente o fato de a seguradora conseguir retomar a liderança em outubro, com uma captação líquida de 11,2 bilhões de reais, “especialmente considerando a agressividade do cenário competitivo no segmento”.

Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu o fôlego e fechou em queda de 0,14%, após alta de 3,6% na véspera e ganho de 1,4% no melhor momento desta quinta-feira, tendo de pano de fundo as perspectivas mais favoráveis para a economia, mas também o IPO da XP Inc, grupo no qual detém participação relevante, esperado para a próxima semana, que pode avaliar a XP em quase 14 bilhões de dólares. Bradesco (BBDC4) subiu 0,41%.

Magazine Luiza (MGLU3) avançou 1,86%, após quatro queda seguidas, em sessão mista para o setor, com Via Varejo (VVAR3) perdendo 1,38% e B2W (BTOW3) subindo 0,51%.

JBS (JBSS3) subiu 1,18%, um dia após anunciar que planeja investir cerca de 8 bilhões de reais no Brasil nos próximos cinco anos, enquanto se prepara para atender o aumento da demanda por carne no país e no exterior.

Vale (VALE3) fechou com variação positiva de 0,06%, em sessão de queda dos preços do minério de ferro na China.

Ultrapar (UGPA3) caiu 2,12%, um dia depois de o conselho de administração do conglomerado aprovar plano de investimentos de 1,77 bilhão de reais para 2020.

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