B3

Ibovespa fecha em alta e encosta nos 85 mil pontos

21 mar 2018, 17:27 - atualizado em 21 mar 2018, 17:36
Ações do setor siderúrgico fecharam com ganhos em meio às negociações sobre tarifas dos EUA

O principal índice de ações da B3 encerrou a quarta-feira (21) em alta de 0,97%, aos 84.976 pontos, com ajuda de blue chips, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), enquanto os mercados repercutiram as especulações sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

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Em Wall Street, os índices terminaram em baixa uma sessão volátil, com ambos Dow Jones e S&P 500 caindo 0,18%. Como esperado, o Federal Reserve elevou o juro básico dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual e melhorou a estimativa para o crescimento da economia americana.

Inicialmente, logo após a decisão do Fed, os índices até intensificaram a tendência positiva. Mas o movimento foi perdendo ímpeto até o fim do pregão. Embora as projeções do colegiado tenham reiterado a perspectiva de três aumentos no juro neste ano, ao mesmo tempo elevaram a estimativa para 2019.

Na B3, as ações da Petrobras subiram 4,21% a R$ 22,05 e contribuíram para a alta do Ibovespa em reflexo da valorização de 3% do preço do barril de petróleo em Nova York. Dados mostraram declínio das reservas americanas, sinalizando demanda aquecida por combustíveis. Também com grande peso no índice, os papéis da blue chip Vale ganharam 2,16% a R$ 42,50.

Da mineração para a siderurgia, ênfase para as valorizações de CSN (CSNA3) (+5,46%), Usiminas (USIM5) (+2,47%) e Gerdau (GGBR4) (+1,52%). O presidente Michel Temer disse que o governo dos EUA suspendeu a sobretaxa do aço e do alumínio sobre produtores brasileiros enquanto os dois países negociam uma eventual redução ou isenção das tarifas.

No mercado de câmbio, o dólar recuou 1,21% frente ao real, a R$ 3,2685 na venda.

Investidores aguardam agora a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central que vai atualizar o patamar da taxa básica de juro brasileira nesta quarta-feira. A aposta majoritária é de redução dos atuais 6,75% ao ano para 6,50% ao ano e a expectativa recai na comunicação da autoridade em relação às ações futuras.