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Ibovespa fecha em alta com foco em eleições nos EUA e cena corporativa

04 nov 2020, 18:08 - atualizado em 04 nov 2020, 18:48
Ibovespa Ações Mercados
O volume financeiro somou 29,3 bilhões de reais (Imagem; Reuters/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira, com Itaú Unibanco (ITUB4) entre os principais suportes após balanço trimestral e planos envolvendo sua participação na XP (XP), mas não conseguiu sustentar os 98 mil pontos em meio à indefinição da eleição presidencial nos Estados Unidos

Índice de referência do mercado acionário, o Ibovespa subiu 1,9%, a 97.803,12 pontos, segundo dados preliminares. Na máxima, chegou a 98.296,35 pontos.

O volume financeiro somou 29,3 bilhões de reais.

Quando o pregão fechou, o democrata Joe Biden liderava a corrida eleitoral nos EUA, mas o presidente Donald Trump fazia alegações não comprovadas de fraude eleitoral, enquanto sua equipe pediu recontagem de votos em Wisconsin e Michigan.

Wall Street teve uma sessão de forte valorização, com papéis de tecnologia e de saúde entre os destaques positivos, em meio a percepções de que reduziram as chances de os democratas formarem maioria no Senado, e assim de mudanças nas políticas em andamento, incluindo fiscais.

Na visão do diretor de investimentos da Kilima Gestão de Recursos, Eduardo Levy, a B3 acompanhou as bolsas no exterior, que, por sua vez, refletiram perspectivas de que Biden deve consolidar a posição e ser declarado vitorioso, bem como de que os republicanos continuarão com a maioria no Senado.

“Isso é extremamente importante para as empresas americanas, porque sem o Senado os democratas não conseguem passar aumentos de impostos facilmente”, explicou. “Foi uma dobradinha de estabilidade na presidência com uma segurança maior no que diz respeito aos impostos” que apoiou os ganhos, disse.

No Brasil, dados macroeconômicos como o crescimento acima do esperado da produção industrial em setembro, e movimentações em Brasília, onde o Senado aprovou na terça-feira a proposta que confere autonomia formal ao Banco Central, dividiram os holofotes com o noticiário corporativo.

Também no plano doméstico, o Senado e a Câmara rejeitaram o veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamento a mais de 17 setores da economia.

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Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 3,99%, mesmo após queda no lucro do terceiro trimestre, em meio a anuncio de planos para possível cisão do investimento na XP (XP), embora ainda diga que esteja disposto a adquirir uma fatia adicional na plataforma.

Em Nova York, as ações da XP recuaram 4,63%.

Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,73%, tendo no radar divulgação do resultado trimestral na quinta-feira, antes da abertura do mercado.

No setor, Bradesco (BBDC4) caiu 0,72% e Santander Brasil (SANB11) cedeu 2,27%.

B2W (BTOW3) avançou 6,59 %, com o setor associado a comércio eletrônico entre as maiores altas.

Magazine Luiza (MGLU3) subiu 4,8% e Via Varejo (VVAR3) valorizou-se 5,49%.

Nos EUA, as ações do Mercado Livre, que divulga balanço nesta quarta-feira, subiu 6,62%.

IRB Brasil Re (IRBR3) caiu 2,66% após prejuízo líquido de 229,8 milhões de reais no terceiro trimestre, com a resseguradora esperando números positivos apenas no próximo ano.

Vale (VALE3) perdeu 2,78%, com o setor de mineração e siderurgia na ponta negativa, em meio a movimentos de realização de lucros após valorização relevante na véspera.

Petrobras (PETR4), por sua vez, subiu 0,36%, revertendo as perdas do começo da sessão, diante da alta do petróleo no exterior. A companhia reajustou em 1° de novembro os preços de venda de gás natural para distribuidoras em contratos iniciados em janeiro de 2020.