Ibovespa fecha em alta com balanços robustos; Totvs salta 8%
O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quinta-feira, embalado pelo noticiário corporativo, com Totvs (TOTS3) disparando 8% após resultado trimestral sólido, enquanto Suzano (SUZB3) subiu mais de 3% após lucro de quase 6 bilhões de reais.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,73%, a 119.299,83 pontos. O volume financeiro no pregão somou 28,8 bilhões de reais.
A alta vem após três quedas seguidas. Na semana, até o momento, o Ibovespa contabiliza perda de 0,78%.
“É uma das mudanças institucionais mais importantes que o Brasil teve nos últimos tempos”, afirmou o economista Bruno Musa, sócio da Acqua Investimentos.
Investidores continuam acompanhando a ‘sintonia’ entre o Congresso Nacional e o Planalto, para a aprovação de reformas, enquanto cresce a chance de nova rodada de auxílio emergencial em razão da pandemia de Covid-19.
Na visão do analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, a perspectiva de mais estimulos tirou a bolsa das máximas, e se a solução encontrada no final representar de alguma forma uma flexibilização do teto de gastos o nível de risco subirá.
Ele ponderou, contudo, que “se governo conseguir costurar com o Congresso o avanço da agenda de reformas ao longo do ano e firmar seu compromisso fiscal, o mercado deve receber bem melhor a notícia (sobre a retomada do auxílio emergencial)”.
Destaques
Totvs (TOTS3) disparou 7,77%, após a companhia de sistemas e plataformas para gestão de empresas mostrar lucro líquido ajustado de 86,8milhões de reais no quarto trimestre. “Um trimestre sólido para fechar um ano desafiador, mas memorável”, escreveu o BTG Pactual.
Suzano (SUZB3) avançou 3,6%, para a máxima histórica de fechamento de 70,66 reais, após lucro líquido de 5,914 bilhões de reais no quarto trimestre. Executivos da companhia veem tendência de alta nos preços de celulose. “Superando consistentemente as expectativas por 4 trimestres consecutivos”, afirmou o Credit Suisse.
CSN (CSNA3) recuou 3,98%, com a precificação do IPO de sua unidade de mineração na sexta-feira no horizonte.
No setor, Vale (VALE3) caiu 1,69%, mas Usiminas (USIM5), que divulga balanço na sexta-feira, antes da abertura da bolsa, subiu 2,39%.
Rumo (RAIL3) cedeu 1,59%, antes da divulgação do balanço do quarto trimestre, aguardado para após o fechamento da bolsa. A ação caiu em cinco das últimas seis sessões.
Cosan (CSAN3) subiu 2,92%, com balanço previsto para após o fechamento e resultados forte da Comgás. Na véspera, a International Meal Company (IMC) anunciou parceria com a Raízen (joint venture da Cosan com a Shell)para possível instalação de restaurantes em postos.
Btg Pactual (BPAC11) valorizou-se 2,62%, após duas sessões de queda, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa.
Itaú Unibanco (ITUB4) fechou estável e Bradesco (BBDC4) subiu 0,12%.
Banco do Brasil (BBAS3), que divulga balanço após o fechamento, teve acréscimo de 0,38%.
Petrobras (PETR4) subiu 1,01%, mantendo a recuperação da véspera, apesar do declínio dos preços do petróleo no mercado externo.
No começo da semana, os papéis da petrolífera de controla estatal sofreram com ruídos envolvendo os preços de combustíveis no país.
No setor, Petrorio (PRIO3) caiu 2,64%.
Westwing (WEST3) caiu 8,46% e fechou a 11,90 reais, em estreia no segmento Novo Mercado da B3, após a plataforma de comércio eletrônico precificar IPO a 13 reais por papel, em operação que movimentou 1,16 bilhões de reais.
No pior momento da sessão, o papel chegou a 11,50 reais.
Cruzeiro do Sul (CSDE3) recuou 7,29%, encerrando seu debut na B3 a 12,98 reais.
O grupo privado de ensino superior precificou sua oferta inicial de ações (IPO) a 14 reais, abaixo do piso da faixa indicativa, que era 16,40 a 19,60 por ação. Na mínima do dia, bateu 12,75 reais.