Ibovespa fecha em alta com empurrão da Petrobras (PETR4) e tensão no Oriente Médio
O Ibovespa iniciou o mês em alta nesta terça (1), sendo puxado pela alta de 2,67% da Petrobras (PETR4). O aumento nos conflitos do Oriente Médio fizeram que o petróleo subisse 3%, impulsionando as petroleiras.
O índice fechou em alta de 0,51%, a 132.495,16 pontos.
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De acordo com Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, as commodities devem continuar fazendo preço na bolsa brasileira.
Além disso, o especialista explicou que os destaques negativos do minério de ferro e petróleo brent reverteram na última semana de setembro, com ajuda do corte de juros nos EUA e estímulos da China.
“[As commodities] parecem apontar para cima com o aquecimento da demanda global e aumento de preços”, afirmou.
No cenário doméstico, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil precisa ter um “choque fiscal positivo para conviver com juros mais baixos”, no médio prazo.
A afirmação vai em linha com a postura do Copom de não baixar os juros de forma artificial, explica Alves.
“Normalmente esse tipo de manobra é paga via inflação, afetando principalmente a classe baixa e a classe média da população. Por isso arrumar o fiscal é e será cada vez mais importante do ponto de vista conjuntural e estrutural”, declarou.
Altas e baixas do Ibovespa
A MRV (MRVE3) foi um dos maiores destaques do pregão de hoje, que, além de ser beneficiada pela curva de juros, contou com a elevação de recomendação do Bank Of America. A ação fechou o dia com uma alta de 4,56%.
As petroleiras, Brava Energia (BRAV3) e Prio (PRIO3) dispararam 1,87% e 2,15%, respectivamente.
Além disso, as mineradoras, CSN Mineração (CMIN3) e Vale (VALE3), que também se beneficiaram com a alta das commodities, fecharam em altas respectivas de 3,19% e 0,49%.
A CMIN3 também pagará R$ 2,3 bilhões em dividendos intercalares e R$ 465 milhões em juros sobre o capital próprio
Na ponta negativa, a Azul (AZUL4) estica as perdas da última sessão, fechando em baixa de 4,65%. A companhia aérea corre o risco de levar um calote de R$ 1,2 bilhão de reais da empresa portuguesa TAP.