Ibovespa fecha em alta com ajuda de Campos Neto e elétricas em destaque
O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quinta-feira, com o setor elétrico entre os destaques positivos, notadamente Equatorial após resultado trimestral robusto e Eletrobras (ELET3), com a indicação de um nome considerado técnico para comandar a estatal.
Declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também tiveram participação relevante na melhora da bolsa paulista, após hesitação na primeira etapa, uma vez que trouxe alívio na curva futura de juros.
Campos Neto procurou explicar a “normalização parcial” da política monetária citada pelo Copom na última decisão, que elevou a Selic a 2,75% ao ano, e que fazer “mais e mais rápido” reduz intensidade do ajuste total.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,5%, a 113.749,90 pontos. Mais cedo, na mínima, o índice chegou a 110.926,74 pontos, em queda de 1%. Na máxima, flertou com 114 mil pontos. O volume financeiro no pregão somou 32,6 bilhões de reais.
Correia também citou como fator positivo declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, relacionados a medidas de combate à pandemia de Covid-19, que, segundo ele, costumam agradar investidores porque têm base técnica.
No exterior, Wall Street fechou no azul, também recuperando-se de certa fraqueza mais cedo, em sessão com dados sugerindo melhora do mercado de trabalho norte-americano e autoridades do Fed reforçando promessa de apoio à economia.
Destaques
Equatorial (EQTL3) valorizou-se 6,95%, após lucro de 1,4 bilhão de reais no quarto trimestre e possível interesse nas privatizações da empresa de saneamento Cedae e da distribuidora de energia elétrica CEEE-D.
Eletrobras (ELET3) subiu 4,96%, em meio à indicação do atual secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia e ex-Aneel, Rodrigo Limp, para assumir o comando da estatal, o que repercutiu bem entre analistas.
Energisa (ENGI11) avançou 5,11%, em dia de alta de 2,47% do índice do setor elétrico, tendo ainda no radar que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalia vetar corte de energia para baixa renda, mas que prevê compensar elétricas.
Petrobras (PETR4) fechou em alta de 1,67%, após desconforto no começo do pregão com o anúncio sobre a saída de quatro diretores da companhia, além da queda do petróleo. O Brent se afastou das mínimas, mas ainda assim caiu 3,8%.
Vale (VALE3) perdeu 0,76%, afastando-se do pior momento, com o setor de mineração e siderurgia registrando um fechamento desigual: Gerdau (GGBR4) subiu 1,49%, CSN (CSNA3) avançou 0,51% e Usiminas (USIM5) caiu 0,37%.
Minerva (BEEF3) caiu 1,51%, tendo de pano de fundo desempenho trimestral forte da rival Jbs (JBSS3), que terminou com elevação de 1,64%.
Ainda no setor de proteínas, Marfrig (MRFG3) subiu 0,41%.
Bradesco (BBDC4) avançou 2,23%, sendo mais um suporte para o Ibovespa, assim como Itaú Unibanco (ITUB4), que se valorizou 1,77%.
Sulamerica (SULA11) recuou 2,82%, em mais um dia de ajuste negativo nesta semana, após acumular valorização de 24,57% na semana passada.
No setor, Porto Seguro (PSSA3), que não está no Ibovespa, subiu 1,13%.