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Ibovespa fecha com queda discreta minado por NY e queda de blue chips

14 set 2021, 17:10 - atualizado em 14 set 2021, 17:51
B3 Ibovespa 56
A bolsa paulista abriu sob efeito positivo de dados norte-americanos sugerindo que a inflação ao consumidor nos EUA atingiu seu pico (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa (IBOV) fechou com baixa discreta nesta terça-feira, contaminado pela piora em Wall Street, além do declínio de blue chips como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4), enquanto investidores seguiram atentos à política doméstica.

A bolsa paulista abriu sob efeito positivo de dados norte-americanos sugerindo que a inflação ao consumidor nos EUA atingiu seu pico, cenário que corrobora apostas de que o Federal Reserve vai demorar mais para reduzir estímulos.

De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia subiu 0,1% no mês passado. Foi a taxa mais fraca desde fevereiro, após aumento de 0,3% em julho.

No entanto, segundo o sócio-fundador da gestora 3R Investimentos Tomas Awad, embora tal cenário seja normalmente bom para Brasil, começa a aumentar a preocupação que esse comportamento da inflação ocorre pela falta crescimento nos EUA.

“Depois de movimento inicial de recuperação pós pandemia, em que a base de comparação era muito baixa, se começa ver números deixando de melhorar, alguns números piorando”, afirmou. Ele ressaltou que ainda há indicadores melhorando, mas que o ritmo do crescimento norte-americano preocupa bastante.

Na bolsa de Nova York, o S&P 500 caiu 0,57%, também refletindo receios com um possível aumento na tributação de empresas, além da queda das ações da Apple após revelar o iPhone 13, entre outros produtos e atualizações.

No cenário doméstico, Awad afirmou que há “um pouco de tudo” endossando um posicionamento mais cauteloso, incluindo revisões para baixo do crescimento da economia, inflação alta, crise de energia, a instabilidade política.

Em relação à questão dos precatórios, amplamente monitorada por agentes financeiros, o relator da PEC que trata do tema apresentou seu parecer à CCJ da Câmara nesta terça-feira pela admissibilidade da proposta.

Destaques

Magazine Luiza (MGLU3) recuou 2,35%, a 17,03 reais, menor fechamento desde junho de 2020, em meio a perspectivas de desaceleração da métrica GMV no terceiro trimestre.

Petrobras (PETR4) caiu 1,33%, em sessão marcada pela presença do presidente da companhia em comissão na Câmara dos Deputados, na qual disse que “empresa forte contribui mais para o Brasil”. Declarações do presidente da Câmara sobre a companhia também repercutiram.

Vale (VALE3) recuou 0,71%, na esteira de novo declínio dos preços do minério de ferro na China. Analistas do BTG Pactual, por sua vez, reiteraram recomendação de ‘compra’ para as ações e destacaram, entre outros pontos, que dividendos devem ser anunciados nos próximos dias.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) cederam 0,62% e 0,66%. Analistas do Itaú BBA cortaram a recomendação dos papéis do Bradesco a ‘market perform’, citando entre as razões perspectivas de recuperação mais fraca do que se esperava da economia no segundo semestre.

Méliuz (CASH3) disparou 15,10%, no quarto pregão seguido de valorização, após desdobramento de ações, e reagindo à forte queda desde as máximas registradas em julho. No ano, a ação acumula alta de mais de 200%.

Eneva (ENEV3) avançou 3,42%, na esteira de relatório do Itaú BBA elevando a recomendação dos papéis para “outperform” e citando que a ação é o melhor veículo para enfrentar a crise hídrica no país. O preço-alvo foi elevado de 15 para 18,60 reais por ação.

Weg (WEGE3) subiu 1,23%, tendo no radar acordo para a aquisição da empresa de transformadores para instrumentos e conjuntos de medição Balteau.

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