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Ibovespa fecha com queda discreta após flertar com 118 mil pontos

06 abr 2021, 17:13 - atualizado em 06 abr 2021, 18:30
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O volume financeiro somou 24,87 bilhões de reais, mantendo a desaceleração dos últimos pregões (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou quase estável nesta terça-feira, contrabalançando perspectivas positivas sobre a recuperação da economia global e a vacinação no Brasil com receios fiscais e ajustes após superar 118 mil pontos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,02%, a 117.498,87 pontos, após tocar 117.175,98 pontos no pior momento e bater 118.212,60 pontos na máxima da sessão.

O volume financeiro somou 24,87 bilhões de reais, mantendo a desaceleração dos últimos pregões, contra uma média diária no mês passado de 36,9 bilhões de reais.

Na visão do chefe de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, há elementos positivos para a bolsa, como perspectivas de uma recuperação forte e rápida no exterior e noticiário mais positivo sobre vacinas no Brasil.

Mas, internamente, segundo ele, há uma preocupação com a situação fiscal, com a questão do Orçamento, o que deixa o mercado dividido.

Em Wall Street, a terça-feira encerrou com o S&P 500 no negativo, mas perto do recorde registrado na véspera.

Apesar da queda maior nesta sessão, o Ibovespa ainda está atrasado em relação ao mercado norte-americano, acumulando queda de 1,3% em 2021, enquanto o S&P 500 sobe 8,5%, tendo na véspera renovado máxima histórica. Em dólar, o Ibovespa cai mais de 8%.

Para o estrategista da Davos Financial Partnership, Mauro Morelli, a bolsa brasileira não deve reduzir essa defasagem enquanto não houver soluções mais definitivas principalmente no tema fiscal.

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Destaques

Bradesco (BBDC4) cedeu 1,58% e Itaú-unibanco (ITUB4) recuou 1,17%, em meio a receios setoriais, incluindo aumento da tributação, mas também ajustes após subirem 16,5% e 9,7%, respectivamente, em março.

No setor, BTG Pactual (BPAC11) subiu 0,17%, após aquisição da participação da CaixaPar no Banco Pan (BPAN4), que disparou 14,5%.

Sulamérica (SULA11) fechou em alta de 4,27%, entre os maiores ganhos, tendo de pano de fundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre seguros de saúde e dental de fevereiro, que, de acordo com analistas do BTG Pactual, mostraram nova rodada de expansão, destacando a resiliência do setor.

FLEURY (FLRY3) avançou 3,9%, tendo no pano fundo precificação de oferta de ações subsequente do rival Diagnósticos da América nesta terça-feira, em operação que pode movimentar ao redor de 5 bilhões de reais.

Dasa (DASA3), que não está no Ibovespa, perdeu 0,68%.

CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5)  subiram 3,62% e 3,46%, respectivamente, em meio ao aumento dos preços de aço na China, bem como dados da Fenabrave mostrando aumento nos emplacamentos de veículos em março.

Ainda no setor de mineração e siderúrgia, Vale (VALE3) recuou 1,3 % após começar a semana batendo máxima histórica.

Petrobras (PETR4) fechou em queda de 0,08%, mesmo com o petróleo em alta no exterior.

Mais cedo, a companhia divulgou que assinou acordo com a britânica BP para assumir a integralidade das participações da empresa em seis blocos exploratórios de petróleo e gás em águas ultra profundas na Foz do Amazonas, a cerca de 120 quilômetros do Amapá.h