Mercados

Ibovespa fecha quase estável; Unidas e Localiza sobem

20 maio 2021, 17:15 - atualizado em 20 maio 2021, 17:54
Ibovespa B3
O Ibovespa caiu 0,09%, a 122.531,10 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) fechou quase estável nesta quinta-feira, com Vale (VALE3) entre as maiores pressões negativas na esteira da queda do preço do minério de ferro na China, enquanto Unidas (LCAM3) e Localiza (RENT3) capitanearam os ganhos mesmo após o Cade enxergar concentração excessiva na fusão das empresas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,05%, a 122.700,79 pontos, após ajustes, e caminhava para uma performance positiva na semana (+0,67% até o momento). O volume financeiro somou 27,85 bilhões de reais.

“O Ibovespa segue travado nessa região próxima aos 123 mil pontos, hoje não conseguiu acompanhar o desempenho positivo das bolsas internacionais principalmente com o peso da realização de lucros nas ações ligadas à commodities”, afirmou o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila.

Em Nova York, o S&P 500 subiu 1%, após três dias de queda, puxado por ações de tecnologia, enquanto a pauta econômica mostrou o menor número de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos desde o início da recessão causada pela pandemia.

Chinchila acrescentou que o ambiente político, com a CPI da Covid, também trava o ritmo no pregão e adiciona incertezas aos investidores.

“Acredito que para destravar o Ibovespa e avançarmos ao topo de janeiro (125k) as reformas tributária e administrativa precisam ganhar agilidade e o Congresso conseguir avançar os textos e votações dos projetos”, afirmou, chamando ainda atenção para a necessidade de progresso na vacinação contra a Covid-19.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Destaques

Vale (VALE3) caiu 1,02%, pesando no Ibovespa, diante de nova queda dos preços do minério de ferro na China, após o governo buscar uma supervisão mais rigorosa dos mercados de commodities para conter os preços exorbitantes, desencadeando uma correção.

Suzano (SUZB3) perdeu 4,19%, ampliando a correção de baixa desde a divulgação do resultado mais cedo no mês, com queda em quatro de seis pregões. No setor, Klabin (KLBN11) fechou em baixa de 2,39%.

Petrobras (PETR4) cedeu 0,84%, contaminada pela queda dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent recuou 2,3%.

Unidas (LCAM3) encerrou em alta de 5,12% e Localiza (RENT3) subiu 4,53%, após o Cade decidir aprofundar a análise da fusão das empresas, o que trouxe certo alívio a receios no mercado de que o órgão antitruste recomendasse de primeiro a não aprovação do acordo.

BRF (BRFS3) subiu 5,18%, ampliando a recuperação em maio. O presidente-executivo da companhia, Lorival Luz, afirmou nesta quinta-feira que a BRF tem buscado oportunidades de crescer localmente no mercado da China, que representa mais de 30% das exportações da empresa para a Ásia.

Banco Inter (BIDI11) avançou 3,17%, após fechar parceria como o Banco ABC Brasil para atuar conjuntamente em áreas como estruturação, colocação e distribuição de títulos e valores mobiliários e de fundos de investimentos. ABC Brasil (ABCB4), que não está no Ibovespa, cedeu 0,24%.

BTG Pactual (BPAC11) valorizou-se 3,16%, tendo no radar notícias de que está comprando a Universa, dona da casa de análise Empiricus e da plataforma de investimentos Vitreo.

Eletrobras (ELET6) caiu 3,02%, em meio a movimentos de realização de lucros, após renovar máximas mais cedo, quando chegou a 43,49 reais (+2,55%), na esteira da aprovação na Câmara dos Deputados da MP que abre espaço para a privatização da companhia. O texto segue ao Senado.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,55%, enquanto Bradesco (BBDC4) fechou com acréscimo de 0,94%.