Mercados

Com ‘cabo de guerra’ entre Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), Ibovespa (IBOV) volta a subir; dólar fecha em alta a R$ 5,48

17 jul 2024, 17:15 - atualizado em 17 jul 2024, 17:27
ibovespa ibov feriado
Com poucos destaques locais, o mercado doméstico acompanhou o exterior e repercutiu novas declarações do ministro da Fazenda. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) resistiu a pressão de Wall Street e de Vale (VALE3) e voltou a operar em tom positivo — dando sequência ao apetite ao risco dos investidores locais. O principal índice da bolsa brasileira encerrou esta quarta-feira (17) com alta de 0,26%, aos 129.450,32 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4838, com avanço de 1,00%. 

No ambiente doméstico, os investidores acompanharam o noticiário corporativo, além das incertezas sobre o cenário fiscal após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na véspera.

Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), que registrou alta de 0,45% em julho, após avançar 0,83% no mês anterior, em resultado abaixo do esperado. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 3,38%.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos, Americanas (AMER3) disparou 11% durante o pregão e figurou entre as maiores altas da B3, mas as ações da varejista ainda seguem cotadas abaixo de R$ 1. Oi (OIBR3) caiu mais de 14% após proposta pela Oi Fibra ser menor que o preço mínimo do leilão.

Já entre as maiores altas do Ibovespa, Usiminas (USIM5) liderou os ganhos desde o início do pregão, mesmo com a forte queda do minério de ferro em Dalian, na China. Os papéis da companhia avançaram após a BlackRock aumentar a participação na empresa.

Vale (VALE3), porém, não teve o mesmo desempenho. Mesmo com o relatório de produção e vendas do segundo trimestre com números acima do esperado, as ações da mineradora caíram mais de 1% ao longo da sessão — em sintonia com o minério de ferro.

No radar, os investidores acompanham o processo de sucessão da ex-estatal. O número 2 do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, teria sido sondado por conselheiros da Vale para disputar a presidência da empresa.

O mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, encerra em dezembro deste ano e, segundo o cronograma da empresa, uma lista tríplice deve ser apresentada em setembro.

Petrobras (PETR3;PETR4) fechou em alta acompanhando o desempenho positivo do petróleo.

Na ponta negativa, CVC (CVCB3) foi a maior queda do Ibovespa hoje, com os papéis pressionados pela abertura da curva de juros futuros e fortalecimento do dólar ante o real.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street fecharam sem direção única. Além da reação aos balanços trimestrais, os investidores reagiram à notícia de que o governo Biden está considerando restrições comerciais mais rígidas dos Estados Unidos a empresas que vendem tecnologia avançada de semicondutores à China.

As ações de Nvidia (NVDA), por exemplo, caíram mais de 4% hoje. Já os papéis da ASML, a maior fornecedora de equipamentos para fabricação de chips do mundo, caíram mais de 10% e os resultados do segundo trimestre ficaram em segundo plano.

Além disso, o ex-presidente norte-americano Donald Trump disse que Taiwan deveria pagar aos EUA por sua defesa, em entrevista à Bloomberg Businessweek . Em reação, as ações da TSMC tiveram queda de cerca de 6%.

Os dados de atividade industrial, que vieram acima do esperado para junho, e a divulgação do Livro Bege foram ofuscados.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -1,39%, aos 5.588,27 pontos;
  • Dow Jones: +0,59%, aos 41.198,08 pontos;
  • Nasdaq: -2,77%, aos 17.996,92 pontos.

Vale lembrar que amanhã (18) tem decisão de política monetária na Europa. A expectativa é que Banco Central Europeu (BCE) mantenha os juros a 3,75% ao ano. Após a decisão, as atenções ficam concentradas na entrevista coletiva com a presidente do BCE, Christine Lagarde.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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