Ibovespa (IBOV) fecha em alta pela quinta vez consecutiva e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,46
Mesmo com a liquidez limitada nos mercados sem as bolsas de Nova York, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em alta pela quarta vez consecutiva. O principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 0,08%, aos 126.267,05 pontos. Na semana, o Ibovespa subiu 1,90%.
Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4623, com recuo de 0,44%. Nos últimos cinco pregões, a divisa norte-americana recuou 2,25% — as perdas foram acumuladas, principalmente, nos três últimos pregões após o governo reafirmar o compromisso com a responsabilidade fiscal.
Sem novidades no ambiente doméstico, o mercado seguiu acompanhando o cenário fiscal, em meio a novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou de eventos em São Paulo ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O chefe do Executivo reafirmou que o país não quebrará em seu governo pois ele tem “responsabilidade”. Já Haddad disse que tem certeza que o presidente fará um ótimo terceiro mandato na Presidência ao aliar responsabilidade social, responsabilidade ambiental e responsabilidade com as contas públicas.
Contudo, o foco das atenções foi o exterior, com a divulgação do relatório oficial de empregos dos Estados Unidos, o payroll.
Altas e quedas do Ibovespa
Com a sinalização fiscal do governo, o alívio nas tensões domésticas refletiu no fechamento da curva de juros brasileira — o que beneficiou as ações cíclicas, que são mais sensíveis aos juros.
Na ponta positiva do Ibovespa, CVC (CVCB3), GPA (PCAR3) e Azul (AZUL4) encerraram o pregão entre as maiores altas.
Já entre as maiores quedas, Petrobras (PETR4;PETR3) avançou na reta final do pregão e ajudou o Ibovespa a zerar as perdas do dia. Vale (VALE3) recuou na esteira do minério de ferro, que desvalorizou mais de 2% em Dalian, na China.
As companhias exportadoras, mais uma vez, foram pressionadas pelo enfraquecimento do dólar. Suzano (SUZB3), por exemplo, estendeu as perdas da sessão anterior e como uma das maiores baixa do Ibovespa hoje — e o maior recuo da semana.
Exterior
Na retomada das negociações após o feriado de 4 de Julho, os investidores reagiram a novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
O país criou 206 mil empregos em junho, segundo dados do Departamento de Trabalho do país. O payroll veio acima da expectativa do mercado, de abertura de 188 mil postos de trabalho no mês. Apesar do avanço, o relatório mostra uma desaceleração em relação a maio — quando o país criou 218 mil empregos (dado revisado).
Já o desemprego subiu 4% em maio para 4,1% em junho. A previsão era de estabilidade a 4%.
Após o payroll, o mercado aumentou as apostas de corte dos juros pelo Federal Reserve (Fed) até setembro. Os traders agora veem 73,9% de chance de o banco central norte-americano reduzir os juros até setembro, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (4), essa probabilidade era de 72,%.
As apostas pela redução de dois cortes até dezembro avançaram de 45,3% (ontem) para 46,7% hoje.
Mais uma vez, os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram os recordes históricos de fechamento
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- S&P 500: +0,54, aos 5.567,19 pontos;
- Dow Jones: +0,17%, aos 39.375,87 pontos;
- Nasdaq: +0,90%, aos 18.352,76 pontos.
Na Europa, o Partido Trabalhista venceu as eleições e o líder Keir Starmer, deve assumir o posto de primeiro-ministro e substituir Rishi Sunak.
Ainda no cenário político, os franceses devem voltar às urnas no próximo domingo (7). O grupo de extrema-direita e seus aliados devem conquistar entre 190 e 250 dos 577 assentos na Assembleia Nacional.